Atualizado em 28/03/24 - Escrito por João Pimenta na(s) categoria(s): Processos e Organização
Atualmente nos encontramos em ambientes de competição intensa, em um mercado com cada vez menos espaços para erros na tomada de decisão. Com isso, notamos a necessidade de adquirir vantagens competitivas para que as empresas sobrevivam. Uma das formas de buscar essa diferenciação é feita através da exploração da administração da produção, já que ela afeta diretamente a capacidade de atendimento ao mercado dentro do prazo acordado, ajuda a eliminar custos que destroem sua margem e leva em conta as despesas naturais para manutenção do negócio.
Nesse meio de intensa competição estão inseridas as micro e pequenas empresas (MPEs). Segundo o SEBRAE Nacional, existem cerca de 6,34 milhões de estabelecimentos caracterizados como micro e pequenas empresas (MPEs) no Brasil e que são responsáveis por cerca de 52% dos empregos formais registrados.
Para indústrias de manufatura de micro e pequeno porte, deveria ser possível afirmar que os desafios da administração da produção são os mesmos encontrados em empresas de grande porte, mas na prática isso não é real. Por mais que os objetivos sejam os mesmos, por existir grande diferença na quantidade de capital disponível, geralmente, alguns cargos acabam se justapondo e isso impacta na dificuldade de tomada de decisão gerencial.
O SEBRAE de Minas Gerais divulgou que 46% das empresas fecham no primeiro ano de vida e 53% no segundo e a maioria dessas empresas não sobrevive até o terceiro ano de vida principalmente por falta de competência na área de gestão. Em alguns casos, as empresas obtém sucesso e crescem até onde seu planejamento inicial permite.
Veja o relatório completo que o SEBRAE- SP disponibilizou em seu site
As consultorias tiveram origem entre os anos de 1850 e 1910. Ela nasceu na Inglaterra e nos Estados Unidos. Esse segmento cresceu aproveitando o aumento da complexidade industrial da época. Para resolver problemas associados com esse aumento de complexidade e expansão das indústrias eram necessários profissionais detentores de conhecimentos específicos. Esses profissionais eram, principalmente, engenheiros, contadores e advogados.
O aumento da complexidade de taxação, ou seja, constante atualização de leis e impostos gerou um nicho específico de orientação com foco na minimização com esse tipo de despesa, a chamada consultoria tributária. Em paralelo a isso e logo após a queda da bolsa em 1929, essa necessidade foi reforçada e acabou se tornando comum o conceito de “management engineering“, ou engenharia de gestão (aplicação de conceitos de engenharia para gestão do negócio), focado no setor financeiro para avaliar o desempenho das organizações.
Entre as décadas de 1930 e 1940 aumentou o número de empresas do ramo, puxadas pela Segunda Guerra Mundial, época em que os governos contrataram uma numerosa quantidade de consultorias para aperfeiçoar a gestão militar. Nas décadas subsequentes a Segunda Guerra, as consultorias continuaram crescendo com a oportunidade de reconstruir a Europa. Já na década de 1960, foram impulsionadas com a crescente presença e desenvolvimento das multinacionais.
A partir da década de 1980, acompanhamos o surgimento de ferramentas gerenciais inspiradas pelos japoneses, as famosas “filosofias da qualidade”. Outro destaque foi o crescente mercado de certificação ISO que fortaleceu a atuação das consultorias. Os principais agentes de propagação desses conceitos relacionados à qualidade foram as empresas de consultoria.
Juntamente a isso, ainda durante os anos 1980, vimos a difusão dos computadores pessoais nas empresas, gerando oportunidades para consultores na área tecnologia de informação e desenvolvimento de sistemas. O aumento da informatização permitiu a criação de sistemas de gestão através de softwares, em que vimos o nascimento de softwares focados no MRP e MRP II e de empresas especializadas nesse tipo de software, como a SAP e a ORACLE.
Nas décadas seguintes, a partir dos anos 1990, a expansão do setor de consultoria e sistemas informatizados tive seu crescimento com a ajuda da mídia, que deixava claro para um número cada vez maior de pessoas os resultados alcançados com esses projetos. Mais recentemente, na virada do século e também do milênio, a grande maioria das grandes empresas investiu enormes cifras nas atualizações dos seus sistemas informatizados sob a pressão do temido bug do milênio, que nunca ocorreu.
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Mesmo com os números alarmantes de fechamento de empresas nascentes nos primeiros anos de vida, as micro e pequenas empresas representam 99% do quantitativo de empresas do Brasil.
Existem diversos órgãos de apoio a MPEs, como é o caso do SEBRAE, mas a demanda enorme de projetos faz com que esse tipo de apoio não consiga atender as necessidades desse nicho em muitas oportunidades.
Nesse meio de intensa concorrência, o papel do consultor na MPE se torna cada vez mais essencial. Sem esse tipo de auxílio externo, muitas vezes, as empresas acabam não conseguindo sobreviver e é por isso que existe um movimento natural identificado pelo próprio micro e pequeno empreendedor de melhorar suas métricas de gestão. A globalização só aumentou a necessidade já que as barreiras para competidores estrangeiros entrarem no mercado nacional diminuíram consideravelmente desde o início dos anos 1990.
A falta de planejamento no início do negócio corrobora com os números citados, ainda mais no ambiente de instabilidade em que vivemos. É nesse âmbito que observamos a necessidade do consultor preparado para orientar MPEs para que estas possam se consolidar no mercado.
A consultoria nasceu e cresceu focada no apoio a gestão da empresa e é por isso que hoje em dia se torna indispensável o papel do consultor.
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O micro e pequeno empreendedor normalmente respira e vive o próprio negócio. A atividade fim da empresa é, sem dúvida, dominada pelo empreendedor, porém hoje isso não é suficiente para sobrevivência da MPE, é necessário adquirir conhecimentos multidisciplinares.
A consultoria será o agente externo de mudanças que assume a responsabilidade de suprir essa carência com conhecimentos específicos de gestão em diversas disciplinas. A sua principal missão é diagnosticar a empresa, ou seja, identificar os principais problemas e encaminhar as devidas soluções de forma objetiva. Para ilustrar de forma mais clara este papel do agente externo, muitos consultores utilizam uma metáfora do sapo: quando colocamos um sapo vivo em uma panela de água fria no fogão, ele morre cozido, pois não percebe que a temperatura está aumentando; quando colocamos um sapo na panela com a água quente, ele pula para fora imediatamente e sobrevive. O consultor é, portanto, o “sapo” que vem de fora e percebe que se a empresa continuar na água fervendo, vai morrer.
Porém, deve ser claro que o consultor empresarial não pode tomar as decisões definitivas do processo, apenas o empreendedor. Por mais que o remédio seja dado, a responsabilidade de usar conforme receita para curar a doença é da MPE e de seu gestor.
O trabalho do consultor não se concentra unicamente na empresa e seus processos, mas nas pessoas envolvidas. A consultoria deve promover discussões que façam os próprios donos do processo se desenvolverem. Sem isso, as novas rotinas não são implementadas com sucesso. Lembre-se: O Aprendizado profissional caminha junto com o crescimento organizacional.
Atualmente, as consultorias estão bem desenvolvidas e consolidadas no mercado, por possuírem uma literatura de apoio bem estruturada. Além disso, podemos evidenciar que o sucesso da consultoria depende, naturalmente do sucesso do cliente. Portanto, o crescimento da consultoria é prova do seu resultado positivo na prestação do seu serviço.
Apesar de este post explorar a importância da consultoria e o valor da consultoria em gestão, sem exemplos reais, muitas vezes o empresário pode ficar reticente em contratar esse tipo de serviço e direciona seu capital para investir em estoques, máquinas, equipamentos e outros ativos que não necessariamente irão melhorar os resultados de sua indústria. Por isto, acho fundamental listar alguns exemplos reais de resultados bem sucedidos conquistados com o apoio da consultoria.
Ontem (21 de outubro de 2015) começou a Semana SEBRAE-RJ de Tecnologia e Inovação um evento organizado pelo SEBRAE-RJ, que está tendo o 3º Fórum de Produtividade, dentro do Programa Rio Produtivo com a temática “Competitividade em épocas de crise”. Inclusive, a Nomus participa deste Fórum com a palestra “O lado bom do Bloco K: sua indústria pode se tornar mais produtiva”.
Dentro deste Fórum há diversas atividades, como palestras, jogos de negócios e painéis, mas eu gostaria de destacar a apresentação de casos de sucesso de consultoria, que começou ontem e termina hoje (22 de outubro de 2015), com os 10 casos a seguir.
Como a empresa de produtos de limpeza transformou prejuízos crescentes em lucro histórico através da implementação de Planejamento e Gestão por Processos.
Este case apresenta as melhorias no processo produtivo, relacionados aos princípios da Produtividade. Vai além e trata da história do sonho da Ladrilhos Petrópolis.
Esse case apresenta o trabalho realizado que teve como escopo a análise e melhoria dos processos administrativos com foco na automação desses processos através de sistemas.
O case trata da Segmentação da empresa, sua reestruturação, atuação e o crescimento após a consultoria.
O case apresenta a revisão e intervenções de processos que permitiram reduções significativas no tempo de fabricação, alavancando a capacidade produtiva e a competitividade da empresa.
O case mostra a expansão de uma organização com foco nos processos de negócio. Como abordar a questão e proporcionar resultados positivos e notáveis.
Este case trata desde as condições encontradas, as propostas, as ações, o posicionamento da empresa, a aceitação e o envolvimento dos funcionários, até os resultados que foram alcançados.
Este case mostra a aplicação de métodos de melhorias sistêmicas, focadas no workplace organization/5S, reorganização de layouts para fluxos contínuos e relação custo benefício que estão trazendo resultados surpreendentes à empresa Sena Macedo.
Este case traz a aplicabilidade da metodologia das Pequenas Unidades de Produção Inteligente – PUPI, desenvolvida pelos consultores do SENAI CETIQT e sua implantação na Indústria de Confecção DELLAS LINGERIE.
O método Hairsize traz melhorias do processo na manipulação de produtos em salões de beleza e é possível economizar até 60% de estoque. Nesse case vemos o exemplo prático do método sendo tirado do papel, sua execução e respectivos resultados.
Você não leu errado, eu escrevi 10 casos de sucesso, mas o 11º pode ser o da sua indústria. Se você não tem (ou teve) a oportunidade de participar do Fórum de Produtividade, acredite, é possível construir casos de sucesso com o apoio de consultorias. O SEBRAE, a Endeavor, o SENAI, empresas juniores, consultores independentes e empresas de software certamente podem ajudar a sua empresa, basta saber escolher o parceiro mais adequado para o seu caso.
Muitas pessoas falam que em time que está ganhando não se mexe. Eu discordo desta afirmação, pois os adversários mais cedo ou mais tarde irão aprender como o time vencedor joga e anular suas fortalezas. Se você está perdendo no jogo dos negócios, uma consultoria pode dar para você a visão externa necessária para mexer no time (ou em diversos outros aspectos da gestão) e virar o jogo. Por outro lado, se você estiver vencendo, a consultoria irá ajudar você a manter a sua empresa na rota certa e ainda trazer muitas inovações.
Um dos grandes problemas em pequenas empresas é a carência nos processos gerenciais e administrativos. Ainda é difícil para as MPEs planejarem suas atividades, principalmente pela falta de controle gerencial, contábil e financeiro. Se você acha que não tem recursos para contratar uma consultoria, veja essas 5 dicas para tornar a gestão acessível à micro e pequenas empresas, tenho certeza que pelo menos uma delas caberá no seu bolso.
Desta forma, como foi mostrado anteriormente, notamos que as carências das MPEs são as fortalezas das consultorias que se especializaram em aplicar ferramentas de gestão para resolver problemas com mesma característica dos apresentados pelas MPEs. Por isto, a consultoria empresarial pode e provavelmente será a diferença entre a vitória e a derrota da MPE no meio competitivo que vivemos hoje.
Como exemplo de fornecedor de consultoria acessível às MPEs, tenho que citar a Nomus, que é especialista em implantação de softwares de gestão de PCP e foi criada, desenvolvida e é gerida por engenheiros de produção. Com seus produtos, a Nomus traz toda a lógica gerencial que deve ser implementada para que os processos da sua empresa se adequem às boas práticas e às experiências que o software acumulou durante muitos anos. Isso torna a Nomus uma consultoria especializada e uma autoridade neste cenário.
Conheça os produtos e serviços da Nomus e agende uma demonstração personalizada com um de nossos especialistas.
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