Atualizado em 5/03/24 - Escrito por Pedro Parreiras na(s) categoria(s): Engenharia de produto / Estratégia / Processos e Organização / Produção
Neste artigo você pode conferir em vídeo e a transcrição completa do décimo sexto Dores da Indústria, onde falamos sobre não conseguir localizar ordens de produção e pedidos de venda com facilidade. Mostramos como buscar a solução desse grupo de tratamento voltado ao apontamento da produção.
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Talvez você nem saiba como esse problema possa estar afetando sua indústria. Clique no vídeo e veja melhor o tratamento dessa dor:
Esperamos ter te ajudado a identificar e tratar esse sintoma. Curta o vídeo, compartilhe e faça seu comentário, para podermos responder mais dúvidas. Sua interação é muito importante para nós.
Aguarde o próximo vídeo da série Dores da Indústria, toda quinta-feira, no Blog Industrial. Assista uma demonstração do nosso ERP Industrial e também acompanhe a Nomus no Papo de Produção.
vamos dar sequência as dores tratadas pelo apontamento da produção. Como falei anteriormente, essa área é meu xodó. Inclusive, recebi um email de um de nossos leitores muito interessante: contato de um seguidor do Blog e o xodó pelo apontamento da produção. Confira, na íntegra, a mensagem enviada por Alexandre:
Temos um sonho em comum e isso é muito bacana. A ideia é levar esse sonho para outras pessoas. Compartilhe esse conhecimento.
Decidi compartilhar esse trecho da mensagem enviada pelo Alexandre, pois considero que o conteúdo tem tudo a ver com o Dores da Indústria. Porque se a pessoa recebe uma planilha amanhã dizendo que a máquina parou hoje, o que ele vai fazer? Não tem o que fazer. E pior, muitas vezes ele analisa no mês, quantas horas de máquina parada teve no mês. Assim, fica pensando em soluções para diminuir a quantidade de hora parada para o próximo mês. Mas é óbvio, se ele sabe na hora que a máquina parou e ele tem conhecimento, capacidade de tomar uma decisão, que em minutos a máquina vai voltar a funcionar, por que não informar em minutos?
Essa série tem um grande desafio, que é calcular a perda financeira da indústria por ter esses problemas. Não consigo localizar ordens de produção e pedidos de venda com facilidade: o apontamento da produção, além de dar todos esses insights comentados pelo Alexandre, para tomada de decisão em tempo real, para resolver um problema de parada de máquina, por tabela, traz a visão sobre produto. Como está o estágio daquele produto? O que foi feito? O que falta fazer?
Você tem um sistema de PCP bem estruturado, implementou um projeto bacana, bem estruturado e tem seu roteiro de produção, com as ordens de produção, que são as etapas necessárias para a produção de um determinado item.
Por exemplo: etapas de produção do plástico – você tem separação, mistura, extrusão, corte e solda. Setor metal mecânico – corte, três ou quatro etapas na usinagem, acabamento e pintura. Um roteiro grande, com cerca de sete etapas. Setor de alimentos – separação, mistura, forno e embalagem.
Cada setor citado tem algum roteiro de produção variado, uns são mais extensos e outros não. Nem sempre as pessoas sabem, dependendo do leadtime, do tempo de atravessamento de uma ordem de produção, pode ser que você queira saber o que já foi feito. Se você tem uma ordem de produção que demora 10 ou 20 dias para atravessar, você não quer saber só o que está pronto, quer saber também o quanto falta para ficar pronto ou o que já foi feito até o momento.
Tanto ordem de produção ou pedido de venda, nos casos de produção por encomenda, é possível você atrelar os dois. Como os apontamentos são feitos na ordem de produção, você consegue saber o quanto aquele pedido de venda está concluído.
Quanto você perde de dinheiro por não conseguir localizar ordens de produção e pedidos de venda com facilidade? É parecido com um assunto já citado no Dores da Indústria, sobre a pessoa que não sabe quanto tem de estoque e precisa “descer” no almoxarifado para ter essa informação. Este caso é bem parecido, dependendo da indústria o cliente liga e pergunta o que já foi feito e o que falta fazer no pedido em questão. O atendente “desce”, desta vez, no chão de fábrica, pega uma prancheta e verifica as etapas do pedido. depois é preciso fazer uma reunião com alguém que tenha maior conhecimento da produção, disponibilidade das máquinas e o tempo de produção.
Esse é uma demanda comum. Já tive experiências com clientes que forneciam para um cliente muito exigente e tinham leadtimes longos. O cliente tinha uma pessoa chamada de diligenciador, que ia uma vez por semana fazer esse acompanhamento e avaliar como estava o andamento de cada pedido.
Pegando como exemplo esse caso, tenho uma indústria, que tem um funcionário, ou até mais de um, que precisa ficar um dia por semana parado acompanhando a visita do diligenciador. Temos, no mínimo, duas pessoas envolvidas nesse processo, consumindo um tempo que poderia ser aplicado em outras atividades.
Então, um dia por semana multiplicado por dois (pessoas), multiplicado por, aproximadamente, quatro semanas no mês. Assim, tenho cerca de oito dias no mês de uma mão de obra, neste caso, mais especializada. Geralmente, essas pessoas têm formação em engenharia ou técnica, com salários na ordem de R$5 mil por mês.
Temos um custo de dois colaboradores, sendo que cada um deles está passando 20% do seu tempo para fazer uma atividade que poderia ser eliminada. Porque eliminada? Porque tiramos um relatório no sistema, disponibilizado em tempo real, podendo ser acessado pelo cliente, vendo isso em minutos. Informação que antes demorava um dia para ser resolvida.
O salário de dois funcionários equivale a R$10 mil. Incluindo encargos, o custo para as duas empresas é de R$20 mil. Fizemos a conta mensal, então, 20% desse valor total seria igual a R$4 mil, por mês, sendo 50% para o cliente e a mesma porcentagem para o fornecedor, de gastos por não conseguir localizar ordens de produção e pedidos de venda com facilidade.
Ás vezes falamos esses números, que o funcionário gasta um dia em determinada atividade, que poderia fazer em minutos e muitas pessoas não acreditam. Recentemente visitamos um cliente e ele fez conta do quanto ganhou após a implementação de ferramentas de gestão industrial. Em uma atividade, foi reduzido o tempo de 10 horas para cinco minutos. Veja também na prática uma demonstração do ERP Industrial da Nomus, o sistema de gestão especializado em indústria desenvolvido pela Nomus.
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