Atualizado em 10/06/24 - Escrito por Bianca Xavier na(s) categoria(s): Produção
As revoluções industriais foram processos de mudanças extremas na maneira de produzir, nas tecnologias utilizadas e, consequentemente, na relação entre as sociedades e a natureza.
Nas indústrias, é possível notar que viemos passando por um momento de grandes transformações tecnológicas, que impactam a maneira como trabalhamos e nos relacionamos com a produção.
Isso é fruto da chamada Quarta Revolução Industrial, que é resultado também das demais revoluções industriais que as sociedades humanas experimentaram nas últimas décadas, com início no século 18.
Para entender melhor o que foram essas revoluções, quais tecnologias elas incorporaram e os impactos que elas deixaram na nossa sociedade e na indústria, leia o artigo até o final.
Reforçando o que foi dito anteriormente, as revoluções industriais foram processos de intensas mudanças nos processos produtivos das indústrias.
Essas mudanças foram causadas pelas novas tecnologias desenvolvidas a partir do conhecimento humano acumulado ao longo do tempo.
As revoluções se iniciaram no século 18 e continuaram pelos próximos séculos, levando ao que hoje conhecemos como a Quarta Revolução.
Essas revoluções impactam não somente nas tecnologias que são utilizadas na produção industrial, mas também nas filosofias de gestão, que evoluem na mesma medida.
É importante entender as transformações causadas por cada uma dessas revoluções para que possamos compreender o mundo em que vivemos hoje, e contextualizar historicamente as mudanças que as indústrias vivem no momento atual.
Por isso, vamos falar sobre cada uma das revoluções industriais, as tecnologias que as impactaram, e como elas foram transformando a maneira de se pensar a produção industrial. Vamos lá.
Esse artigo foi baseado na excelente aula do Professor da UFRJ Eduardo Jardim, siga a Trilha da Inovação para mais vídeos como esse:
A Primeira Revolução Industrial se deu em meados do século 18, por volta de 1776, na Inglaterra.
A Indústria 1.0 foi marcada pela mecanização dos processos, mais especificamente pela invenção do tear mecânico.
Essas máquinas movidas por pedais eram capazes de tecer os fios mais rapidamente para criar tecidos, aumentando assim a sua produtividade.
Na época, a produção de tecidos tinha protagonismo na economia inglesa, sendo destinada à exportação.
Dessa maneira, a produção na indústria têxtil que antes se baseava na manufatura deu lugar à produção mecanizada.
Assim, a organização das tarefas da indústria também foi alterada e os trabalhadores passaram a exercer tarefas específicas, quando antes participavam de todo o processo produtivo.
Foi nesse processo também que surgiu a máquina a vapor, tecnologia que foi utilizada também na indústria têxtil, mas também em meios de transporte como navios e locomotivas.
Com isso, a produção do país aumentou e o tempo gasto nessa produção diminuiu, os lucros aumentaram e a economia do país se desenvolveu.
Essas tecnologias também foram exportadas para outros países, e logo tomaram conta da forma de produção em todo o mundo.
Essa onda de mudanças se deu em meados do século 19, entre 1850 e 1870, e também foi vivida inicialmente na Inglaterra.
Nela, o protagonista foi a eletricidade, que marcou a origem da linha de produção na Indústria 2.0.
Essa linha de montagem foi caracterizada por operações sincronizadas e balanceadas, que possibilitaram a produção em massa.
Essa produção em grande escala democratizou o acesso a bens de consumo como o carro, sendo a indústria automotiva uma das que mais se destacou nesse processo.
Foi nessa época que Ford proferiu a famosa frase, “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”.
Claro que mudanças tão radicais trouxeram também atualizações nas relações de trabalho e nos modos de organização da indústria.
Assim, surgiram os modos de organização conhecidos como fordismo e taylorismo.
Além disso, os trabalhadores se tornaram extremamente especializados, realizando apenas uma tarefa repetitivamente no chão de fábrica.
A indústria 3.0 surgiu a partir do advento da eletrônica e, por isso, também é conhecida como a Revolução Técnico-Científica-Informacional.
Nela, os campos da robótica, genética, informática, telecomunicação e eletrônica se destacaram, passando por avanços inéditos.
Com isso, muitas máquinas evoluíram e novas foram desenvolvidas, partindo de uma automatização da produção causada também pela introdução de robôs no processo produtivo.
Assim, se diminuem custos com mão de obra e o tempo gasto na produção, o que permitiu, mais uma vez, o aumento do lucro e o desenvolvimento da economia com base na alta tecnologia.
A relação do trabalho muda mais uma vez, já que em algumas funções, humanos podem ser substituídos por máquinas.
Além disso, as relações humanas também são alteradas pela possibilidade de transmissão de informações pelo mundo inteiro de forma imediata, levando à chamada globalização.
A Quarta Revolução Industrial é o processo pelo qual a sociedade e as indústrias estão passando no momento presente.
Ela é responsável por nos direcionar à Indústria 4.0, que pode ser resumida em uma palavra: conectividade.
Essa convergência digital leva a grandes mudanças nos modos de produção e na maneira de se pensar a produção e a organização das indústrias.
As mudanças se dão principalmente em direção à automação industrial, utilizando tecnologias como a inteligência artificial, a robótica, a computação em nuvem, o controle remoto e mais.
Essas tecnologias são utilizadas com o objetivo de aumentar a produtividade e a integração entre as informações na indústria.
O que se prevê é uma “indústria inteligente”, capaz de gerir a si mesma através da conectividade entre as máquinas e os processos digitais.
Enquanto isso ainda não vem, a revolução da indústria 4.0 já trouxe vantagens para diversos segmentos industriais, mesmo com funcionalidades de baixo custo, como a computação em nuvem.
No entanto, as inovações também trazem desafios, como os investimentos em equipamentos e o desenvolvimento de novas competências por parte dos colaboradores.
Por isso, é importante fazer esforços na direção de capacitar os profissionais inseridos na indústria 4.0, para que suas inovações possam ser implementadas mais efetivamente.
Por fim, devemos compreender que essas revoluções foram processos contínuos de evolução das tecnologias destinadas a um aprimoramento da produção.
Elas não se deram como processos separados, e sim como continuação uma da outra, movidas por invenções humanas sempre em busca de uma maior produtividade.
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ótima matéria
Matéria excelente,ótima para trabalho escolar!!
Há um erro no conteúdo: “Essa onda de mudanças se deu em meados do século 20, entre 1850 e 1870, e também foi vivida inicialmente na Inglaterra”.
Obrigado por avisar! Corrigimos
Conteúdo excelente
muito interessante