Planilha de FMEA

Baixe agora esta planilha para aplicar a metodologia FMEA e identificar e prevenir falhas na sua produção.

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Veja a explicação do material abaixo ↓


FMEA: o que é e como usar no controle de qualidade da sua empresa


Atualizado em 12/09/24 - Escrito por João Pedro na(s) categoria(s): Qualidade

FMEA é uma metodologia e também uma ferramenta desenvolvida para identificar e prevenir falhas na indústria antes mesmo que elas afetem seus clientes ou que voltem a afetá-los, aplicada a partir de uma planilha de identificação de efeitos e modos de falha.

A sigla vem do inglês Failure Mode and Effect Analysis, ou Análise de Efeitos e Modos de Falha, e esse instrumento pode ser usado em várias áreas da empresa. É possível aplicar o FMEA na produção, na prestação de serviços, na execução de sistemas, entre outros cenários.

Você precisa de uma equipe para preencher a planilha com as informações oferecidas por pessoas de diferentes especialidades. E você precisa de uma planilha para colocar o FMEA em prática. Saiba tudo sobre o FMEA, confira o passo a passo de uso e baixe grátis um modelo no artigo abaixo.

Faça uma boa leitura!

FMEA: o que é e como usar no controle de qualidade da sua empresa

O que é FMEA?

FMEA, sigla para Failure Mode and Effect Analysis, é uma metodologia pró-ativa e também uma ferramenta para identificar falhas da sua produção e as consequências que elas podem trazer para sua empresa.

Logo, o método FMEA, que é traduzido para Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos, permite aumentar a confiabilidade dos seus processos, sistemas e produtos. Ele funciona através da classificação hierárquica e prevenção dessas falhas em potencial.

A análise FMEA, então, estabelece um modo de falha que é composto por três partes:

  • Efeito: quais as consequências da falha?
  • Causa: por que a falha ocorreu?
  • Detecção: como controlar o processo para evitar falhas em potencial?

Aí, deve-se atribuir a cada falha um valor das tabelas de Seriedade, Frequência e Detecção, que serão calculadas pela fórmula NPR – Número/Nível de Prioridade por Risco que mostra com que urgência ela será tratada. Fica mais fácil visualizar o que estou dizendo quando você baixar a planilha.

Você verá mais abaixo como aplicar essa ferramenta, que ainda pode ser usada em conjunto com ferramentas como o Diagrama de Ishikawa, o PPAP e o APQP

Para que serve e qual a importância do FMEA?

O FMEA é uma ferramenta de medida preventiva contra falhas na sua produção. Você consegue diminuir a frequência de falhas e até mesmo erradicar algumas. Os impactos do FMEA chegam em várias áreas da sua empresa.

A qualidade dos produtos aumenta, os gastos de reparos e retrabalho diminuem e ainda há mais segurança para seus colaboradores. Afinal, com as máquinas e processos funcionando como deveriam, a inspeção de segurança fica mais ágil e precisa. 

Conheça os tipos de FMEA

Os FMEAs são divididos em tipos conforme as aplicações que se dá para a ferramenta. Sendo mais específico, há 4 FMEAs e que variam pelos objetivos, mas no “core”, são a mesma ideia. Veja as 5 categorias de FMEA:

FMEA de Processos

A FMEA de Processos é uma ferramenta aliada à FMEA de Produtos. Ela serve para analisar problemas de planejamento e execução da produção (PCP).

É usada quando se percebe falta de qualidade de produtos, quando há quedas de produtividade, quando há atrasos no trabalho e quando há perda de desempenho das máquinas e equipamentos – além de quando você percebe uma grande incidência de falhas.

FMEA de Produtos

O FMEA de produto é a ferramenta utilizada para identificar e prevenir possíveis erros e problemas em um produto desde a fase de produção até a entrega para o cliente.

Aplicar o FMEA para produtos inclui acompanhar cada passo do roteiro de produção e logística, apontar as principais falhas encontradas e anotar as consequências desses erros. 

Por fim, anota-se o grau de seriedade de cada erro, as causas encontradas ou possíveis e ações que podem prevenir que ocorram novamente.

FMEA de Serviços

A versão de FMEA de Serviços tem a função de monitorar o trabalho de mão de obra, a manufatura e a montagem realizados na fábrica.

É dessa forma que você identifica e analisa falhas em máquinas, equipamentos e operações, desperdícios, falta de cumprimento de prazo e possíveis acidentes de trabalho.

FMEA de Sistemas

Esta versão da ferramenta, a FMEA de Sistemas, tem a função de identificar possíveis falhas em funções gerais da empresa.

FMEA de Softwares

Por fim, a FMEA de Softwares cumpre o papel de identificar possíveis erros nas ferramentas digitais da empresa. Isso é, erros nas planilhas, sistemas internos, ERPs, etc.

É muito importante usar o FMEA quando decidir trocar de fornecedor. Inclusive, se estiver enfrentando problemas no seu sistema integrado, confira uma demonstração grátis de um ERP Industrial especialista, sólido e seguro.

Benefícios do Failure Mode and Effect Analysis

  • Adoção de uma abordagem pró-ativa na gestão da qualidade
  • Ambiente de trabalho mais seguro
  • Aumento da satisfação do cliente
  • Cumprimento de normas e regulamentações
  • Detecção antecipada de falhas potenciais
  • Estruturação sistemática para análise de riscos
  • Facilitação da manutenção preditiva e preventiva
  • Facilitação do desenvolvimento de produtos seguros e confiáveis
  • Identificação de causas raiz de problemas
  • Identificação de pontos críticos de controle no processo
  • Melhor comunicação entre equipes multidisciplinares
  • Melhoria contínua da qualidade
  • Melhoria na tomada de decisão baseada em dados quantitativos
  • Operações mais eficientes
  • Prevenção de defeitos antes da produção em massa
  • Priorização de ações corretivas
  • Redução de custos de retrabalho e reparos
  • Redução de falhas em processos e produtos
  • Tempo de desenvolvimento de novos produtos mais curto

Como calcular e exemplo

O FMEA em si não é um cálculo, mas uma ferramenta em tabela onde 2 das colunas são preenchidas por valores gerados a partir de uma fórmula matemática cada uma. São elas o NPR – Nível de Prioridade por Risco – e o Nível Crítico. Ambos apontam com que ordem as falhas e erros devem ser resolvidos pela sua indústria.

O cálculo do NPR nasce da multiplicação entre os níveis de Seriedade, Frequência e Detecção de um modo de falha, enquanto a fórmula do Nível Crítico utiliza apenas Seriedade e Frequência.

Por exemplo, vamos considerar que estamos avaliando a broca de uma furadeira. Um dos modos de falha em potencial é o buraco não conseguir ser profundo com o efeito ser buracos incompletos.

A seriedade (S) desse problema parece ser 5, com a causa sendo a instalação errada do equipamento em uma frequência (F) 3 e o nível de detecção (D) , por sua vez, ser 3, graças ao treinamento dos operadores.

Esse Modo de Falha da broca teria, então, um Nível Crítico 15 (S x F) e um NPR 45 (S x F x D). Você pode entender melhor esse cálculo seguindo as instruções abaixo e verificando o modelo de FMEA grátis que disponibilizamos.

Passo a Passo de uso e cálculo do Failure Mode and Effect Analyses

Você já sabe o que é o FMEA, seus tipos e benefícios e mais abaixo poderá baixar um modelo gratuito para aplicar na sua empresa. No entanto, antes disso, eu vou te ensinar o passo a passo para aplicar qualquer tipo de FMEA na sua indústria com o uso da planilha.

Trata-se de instruções simples e você só precisa de alguns passos para usar e fazer os cálculos corretos:

  1. Monte uma equipe multidisciplinar com conhecimento sobre o processo;
  2. Identifique o escopo do FMEA – usaremos para um produto, para um serviço, para quê? Quais os limites de análise e quão detalhada ela é? Para definir o escopo do processo, utilize um fluxograma tipo BPMN;
  3. Preencha os campos de identificação do processo que está sendo avaliado no topo da planilha de FMEA;
  4. Identifique as funções do seu escopo respondendo às perguntas  “Qual o propósito deste produto/serviço/etc? O que nossos clientes esperam que dele?”, mas reduza o nome a um único verbo seguido por um substantivo. Pode ser necessário dividir o escopo em vários subsistemas separados, cujas funções também devem ser identificadas;
  5. Para cada função, identifique que erros podem acontecer – esses são os modos de falha em potencial. Pode ser necessário reescrever as funções com mais detalhes para garantir que o modo de falha represente uma perda daquela função;
  6. Para cada modo de falha, identifique as possíveis consequências, que são os efeitos potenciais de falha. Isso é, o que acontece quando essa falha ocorre e o que o cliente experimenta por conta disso?
  7. Determine o grau de seriedade (S) de cada efeito em uma escala de 1 a 10 em que 1 é insignificante e 10 é catastrófico – se um modo de falha tiver mais que um efeito, coloque apenas o grau mais alto de seriedade entre eles;
  8. Identifique todas as causas raízes em potencial para cada modo de falha;
  9. Para cada causa, determine o grau de frequência (F) com que ocorre em uma escala de 1 a 10 em que 1 é provavelmente não vai acontecer e 10 significa que é uma falha inevitável;
  10. Para cada uma dessas causas, também identifique o mecanismo de controle atual – os testes, processos e procedimentos que você usa para evitar que essas falhas cheguem ao cliente. Esses mecanismos de controle devem prevenir a causa de acontecer, reduzir as chances de acontecer ou detectar a falha depois da causa ter acontecido, mas antes do cliente ser afetado;
  11. Para cada um dos mecanismos de controle, determine o grau de detecção (D) para estimar o quão bem seu mecanismo de controle pode detectar a causa de um erro ou um modo de falha depois que ela ocorreu, mas antes do cliente ser afetado por ela. Coloque o grau de cada causa na tabela. A escala vai de 1 a 10, onde 1 significa que é certo que o problema será identificado e 10 significa que o problema certamente não será identificado ou que não existe mecanismo de controle;
  12. Calcule o número ou nível de prioridade por risco, de sigla NPR, a partir da fórmula S x F x D, já aplicada na planilha, e o Nível Crítico ao multiplicar a seriedade pela frequência, S x F, também já aplicada na planilha. Esses números mostrarão a ordem em que as falhas devem ser priorizadas no seu trabalho de correção;
  13. Identifique as ações corretivas para eliminar ou ao menos baixar os níveis de seriedade e frequência de cada uma das falhas;
  14. Atualize a planilha conforme você implementa mudanças nos seus processos e percebe alterações nos resultados.

OBS: Algumas indústrias podem identificar que o modo de falha está associado a uma característica crítica cujos indicadores ou medições refletem a segurança ou o compliance com regulamentações governamentais e precisam de controle especial.

Nesse caso, você precisa usar a coluna “Classificado” na planilha FMA, identificando com S ou N caso esse controle especial seja necessário. 

[Grátis] Modelo de FMEA para Baixar

Você pode baixar e começar a usar o modelo de FMEA que criamos para você agora mesmo. Basta clicar no banner abaixo:

Aprenda mais sobre gestão de qualidade

O FMEA é uma ferramenta muito útil para detectar erros de produção, processos e sistemas. No entanto, ela não funciona sozinha – toda sua indústria e gestão de qualidade precisa estar bem alinhada e funcionando corretamente.

Por isso, convido você a aprender mais sobre qualidade de produção e gestão industrial como um todo. É possível acessar diversas informações importantes para esse estudo através das matérias que eu, meus colegas e convidados publicamos frequentemente.

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Vamos em frente.

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