Atualizado em 30/05/23 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Produção
Capacidade ociosa é uma métrica usada para mensurar a capacidade de uma indústria diante do volume entregue de produção. Diferente da capacidade de produção, que foca no volume máximo de itens fabricados, a capacidade ociosa foca no número total de horas pagas comparado ao número de horas trabalhadas.
O sucesso de uma indústria depende muito do quanto ela é capaz de produzir em um determinado período. Se consegue fabricar dez mil peças no mês, por exemplo, ela tem capacidade para atender dez mil pedidos diferentes. No ano, isso ultrapassa cem mil.
No entanto, para que o nível de produtividade de uma indústria seja elevado, é necessário que o chão de fábrica não sofra com falta de insumos, problemas com maquinário ou escassez de mão de obra. E será que é possível alguma empresa não sofrer com isso?
Existe uma ferramenta que é utilizada para identificar se o volume de produção de uma empresa está realmente acompanhando sua capacidade de produção: a capacidade ociosa. Já ouviu falar nele?
Neste artigo explicamos o seu conceito, quais seus impactos na indústria e como calculá-lo. Também o que precisa ser feito para a indústria reduzir essa métrica e aumentar a sua capacidade de produção.
Boa leitura!
A capacidade ociosa nada mais é que uma métrica usada para mensurar a capacidade de uma indústria diante do volume entregue de produção.
Falta de insumos, paradas não programadas para manutenção, problemas com máquinas e equipamentos, e escassez de mão de obra estão entre as principais causas que impedem a indústria de alcançar o seu potencial máximo.
Muitos confundem a capacidade de produção com a capacidade ociosa porque ambas envolvem o parque fabril, mas esses indicadores são completamente distintos.
Enquanto a capacidade de produção foca no volume máximo de itens fabricados, a capacidade ociosa foca no número total de horas pagas comparado ao número de horas trabalhadas.
As paradas na linha de produção acarretam sérios prejuízos para a indústria. Isso porque, se o grupo de trabalhadores não cumpre com suas tarefas ou o chão de fábrica deixar de produzir por falta de estoque, as entregas podem sofrer atrasos e os clientes podem ficar insatisfeitos. E, com isso, o faturamento cai.
Imagine, por exemplo, que a sua indústria assumiu o compromisso de entregar 100 peças até o final do mês. Contudo, durante o processo de fabricação dessas peças, dois operadores não compareceram ao trabalho e um dos maquinários críticos simplesmente parou de funcionar. Nesse caso, a produção precisa ser interrompida por nove horas.
Mesmo que todo o processo tenha sido paralisado, uma coisa é certa: a empresa ainda terá a obrigação de pagar o salário dos colaboradores. Ou seja, independentemente do motivo que levou à paradas ou atraso na fabricação, a empresa será prejudicada financeiramente.
E que indústria quer isso?
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Como nenhuma empresa quer ter prejuízos desnecessários, é muito importante medir a capacidade ociosa de produção para identificar se a indústria está, de fato, desembolsando muito em relação ao número de horas realmente trabalhadas.
Assim, para descobrir a capacidade ociosa, devemos aplicar a seguinte fórmula:
CO = Total de Custos de Produção – Receitas geradas no mesmo período
Para facilitar a compreensão, veja o exemplo:
Se a indústria tiver um total de custos no período de R$ 300 mil e as receitas somarem R$ 250 mil, ela estará tendo uma capacidade ociosa (prejuízo) de R$ 50 mil.
Toda a indústria vai sofrer com escassez de mão de obra e paradas na linha de produção em algum momento. No entanto, há algumas estratégias simples que, se colocadas em prática, podem ajudar a empresa a reduzir esses eventos e, consequentemente, a capacidade ociosa.
Essas ações estratégicas são:
Manter as máquinas e os equipamentos em bom estado de conservação é a primeira estratégia para reduzir a capacidade ociosa. Com a manutenção de ativos em dia, a empresa consegue assegurar que todo o maquinário está funcionando 100% do tempo. E isso diminui o risco dela sofrer paradas não programadas e a produção ser interrompida.
Quando se trata de trabalho humano, a empresa vai se deparar com um ou outro colaborador procrastinando em um algum momento. Para que isso não se torne um hábito, o ideal é que a indústria defina prioridades e estabeleça metas semanais de produção. E, de preferência, para cada trabalhador da fábrica.
A terceira dica consiste em instruir e preparar todos os colaboradores do parque fabril para que compreendam a real importância de cumprir com os prazos e manter a continuidade da linha de produção.
Se alguém questionar a finalidade dos treinamentos ou reuniões, o responsável pode explicar que paradas não planejadas podem gerar atrasos, que geram insatisfação dos clientes e queda no faturamento. E se a empresa tiver quedas muito significativas, pode ser que seja necessário realocar colaboradores ou até encerrar contratos de trabalho.
Outra dica importante para reduzir a capacidade ociosa envolve investimentos em tecnologia para ajudar na gestão. Se o empresário mantiver um bom controle sobre o seu estoque, a manutenção de ativos, mão de obra e processos fabris, a indústria dificilmente vai sofrer paradas que tendem a prejudicar sua produtividade. Logo, consegue reduzir a capacidade ociosa.
Como mencionamos, chegará o momento em que a indústria sofrerá pausas na produção. Entretanto, com as dicas acima é possível reduzir essas ocorrências e, assim, impedir que elas gerem prejuízos.
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