Centros de Distribuição: o que são, funções, benefícios e mais
Atualizado em 10/11/23 - Escrito por Beatriz Goulart na(s) categoria(s): Logística
Centros de distribuição são uma peça-chave no planejamento logístico de uma empresa.
E, em um mercado cada vez mais competitivo, esse planejamento é um dos principais responsáveis por auxiliar as empresas em suas buscas por novos meios de otimização de seus processos e recursos materiais e financeiros, para que possam oferecer a melhor experiência ao consumidor e, com isso, destacar e consolidar a sua marca.
Para te auxiliar nessa jornada, neste artigo, falaremos sobre o que é um centro de distribuição, quais as suas funções, sua importância na logística, como funciona, quais os benefícios e, ainda, se inteirar de algumas dicas tecnológicas para alavancar, de vez, os processos logísticos da sua empresa.
O que são Centros de Distribuição?
Os Centros de Distribuição, ou CDs, são espaços físicos que recebem e armazenam cargas de suas empresas ou de terceiros, conforme o caso, com o objetivo de que estes cheguem ao seu destino final, no menor espaço de tempo e com o menor custo.
Eles são diferentes dos depósitos ou armazéns, já que, ao contrário destes, acomodam apenas temporariamente os produtos ali recebidos, os quais têm prazo certo para serem despachados para o seu destino.
Este tipo de unidade centraliza o estoque e, por isso mesmo, requer uma boa gestão dos processos logísticos. A padronização das atividades, por exemplo, garante que os funcionários ajam de maneira uniforme e coordenada, induzindo a redução do tempo de movimentação interna e externa dos materiais e produtos, o que favorece a otimização de custos do negócio.
Neste ponto, é importante lembrar que a escolha da localização do CD é um fator essencial para a finalização do processo de distribuição, o que implicará na agilidade da chegada dos produtos no seu destino final.
Considere, então, que as etapas que são estreitamente ligadas aos CDs influenciam a agilidade e eficiência na logística de uma empresa, cujo resultado final é um diferencial competitivo com impacto positivo no cliente, o que é, afinal, o principal objetivo de todo negócio.
Mas a opção de manter um centro de distribuição, próprio ou terceirizado, dependerá da necessidade da empresa que pode, por exemplo, não ter uma sede ampla que possibilite estocagem, movimentação e controle eficientes das mercadorias ou, ainda, estar longe dos seus pontos de venda ou da sua clientela mais frequente.
Estes são alguns dos pontos em que a decisão da empresa deverá se basear.
Por isso mesmo é que, sabendo que a distribuição é de fundamental importância para o sucesso das operações empresariais, é preciso conhecer os detalhes relacionados aos CDs, que serão vistos a seguir.
Quais as funções dos Centros de Distribuição?
Os CDs, como já dissemos, são espaços em que são realizadas atividades de carga e descarga, recebimento, armazenamento e controle de produtos, que se desenvolvem em diversas etapas logísticas que podem ser do próprio negócio ou terceirizadas para empresas especializadas no ramo.
A gestão destes processos é muito particular a cada empresa, que busca, com eles, atender às necessidades e solicitações de seus clientes.
As principais funções de um centro de distribuição são:
- Planejamento logístico;
- Recebimento;
- Movimentação interna;
- Armazenamento;
- Separação e remessa de produtos.
Essa sequência de funções tem o objetivo de buscar, através do aperfeiçoamento do controle de estoque, a redução de custos e dos prazos de entrega, qualificando, assim, o atendimento aos clientes.
Confira em detalhes estas etapas:
Planejamento logístico
É onde começa, idealmente, o funcionamento dos CDs. O planejamento logístico é a descrição detalhada de como todo o processamento de distribuição vai acontecer, desde a chegada do produto até a sua expedição.
Tudo precisa ser rigorosamente programado para atender ao que foi contratado com o cliente – evitando ou minimizando falhas – e, assim, impulsionar os resultados do negócio.
O objetivo da gestão da logística é gerir as operações dos centros de distribuição, visando a sua otimização, as tornando eficientes, para que sejam cumpridas no menor prazo e com o menor custo possível. Logo, esta gestão do estoque deverá se alinhar com a gestão estratégica da organização, para que os resultados sejam positivos.
A gestão da logística interna, ou intralogística, busca o melhor resultado com a menor quantidade de procedimentos.
Com isso, reduz ou evita desperdícios que possam impactar o orçamento da empresa, identifica e programa o melhor local e posicionamento para o armazenamento do produto – evitando perdas por inadequação, e localiza as atividades ou funcionários improdutivos – realocando-os.
Recebimento de mercadorias
É a base de toda a rotina do processo de distribuição.
O produto é descarregado, tem a sua quantidade e qualidade conferidas e emite-se a nota fiscal para, então, ser lançado no sistema, atualizando o estoque.
Qualquer falha ou erro nesta fase pode impactar todas as demais.
Atualmente as empresas investem em sistemas informatizados, como ERPs, para evitar erros e agilizar os procedimentos.
Movimentação de cargas
A movimentação das cargas no interior dos CDs é uma função estratégica, porque sua organização facilita a localização da carga e agiliza sua expedição, e também uma função complexa, porque durante a armazenagem ou realocação podem ser causados danos às mercadorias e, portanto, prejuízo para a empresa.
Na tentativa de minimizar acidentes, recomenda-se a utilização de empilhadeiras e pallets para promover o transporte interno dos produtos, vez que eles reduzem os riscos e oferecem segurança aos trabalhadores.
Armazenagem dos produtos
Esta fase merece atenção especial, tanto no seu planejamento quanto na sua execução, pois ela envolve a localização do produto e o prazo para a sua expedição.
Ela vai determinar, portanto, o ganho ou a perda de tempo – item valiosíssimo para um CD – até a conclusão da operação. Um erro nesta etapa pode significar enorme prejuízo para a empresa.
Picking
Todas as fases de distribuição são importantes, mas esta é a mais crítica. É nela que os produtos são separados e preparados para a entrega.
A fase de Picking é a que pode causar mais insatisfação dos clientes. O motivo é bem simples: o envio de produto errado para o cliente.
Dependendo da disposição e orçamento disponível na empresa, essa fase pode se tornar automatizada.
Expedição
Finalmente, após longa caminhada por todo o centro de distribuição, chegamos ao momento da expedição dos produtos e entrega ao cliente, que poderá ser direta – feita pela própria empresa, ou terceirizada. Isso dependerá da estrutura e objetivos da empresa.
Cross docking: otimizando os centros de distribuição
Uma estratégia de logística utilizada para otimizar o tempo e o trabalho dos centros de distribuição é o cross docking. Esse termo vem do inglês e significa literalmente “docas cruzadas” ou “cruzamento de docas”. Inclusive, é uma forma de reduzir o Efeito Chicote.
Essa estratégia consiste no uso de docas ou centros de distribuição localizados em pontos táticos espalhados pelas regiões atendidas pela sua indústria. Esses armazéns devem ser mantidos com abastecimento adequado para ter mercadorias à pronta entrega, atendendo às demandas dos seus clientes com maior agilidade e qualidade.
Bônus: 6 dicas para tornar a logística mais eficiente
1. Construa um planejamento a ser seguido
Definir um planejamento estratégico é essencial para trazer bons resultados e um crescimento saudável para a empresa.
Se a empresa em questão segue uma gestão por resultados, é recomendável eleger um grupo de representantes dos colaboradores de cada setor, para que se unam aos gestores e líderes na formulação de um planejamento, determinando um objetivo global, assim como metas de curto, médio e longo prazo a serem alcançados.
2. Monitore a movimentação das cargas de produtos
A partir do momento em que haja um mapeamento dessa movimentação, será mais fácil identificar as oportunidades de automação dos processos internos e externos da empresa.
Com isso, será possível otimizar os processos com mais clareza.
3. Reduza gargalos
Outro fator que impacta diretamente na otimização e agilidade dos processos são os gargalos, além de gerar mais custos. Realizando o planejamento e o mapeamento citados anteriormente, a identificação dos gargalos ocorrerá de forma natural e será possível desenvolver soluções para eliminá-los.
4. Controle os gastos gerados
Acompanhar e controlar os gastos gerados em cada processo é essencial para não correr o risco de gerar prejuízos para a empresa.
Com esse controle, será possível avaliar se não há irregularidades no valores, ou mesmo custos desnecessários.
5. Capacite sua equipe
O treinamento da sua equipe é fundamental para manter a segurança de todos os colaboradores. Além disso, a sua produtividade aumentará e as demais contribuições para a empresa serão ainda mais significativas, trazendo o crescimento dos seus resultados.
6. Invista em um ERP
Por fim, a empresa deve avaliar a contratação de um sistema de gestão integrada.
Um ERP, como o Nomus ERP Industrial, reúne todas as ações apresentadas nas dicas anteriores, agilizando os processos de automação, armazenando todas as informações da empresa em um único banco de dados, reduzindo as chances de ocorrência de erros e, consequentemente, de gastos e prejuízos para a empresa, entre outros benefícios.
Assista uma demonstração do sistema
Para entender melhor como o ERP pode impactar positivamente a rotina e os processos da sua empresa, conheça cada um dos módulos do Nomus ERP Industrial – desenvolvido para atender pequenas e médias indústrias.
Caso queira entrar em contato para tirar dúvidas sobre a compatibilidade entre o sistema e o nicho da sua empresa, você pode agendar uma conversa sem compromisso com um especialista Nomus.
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centros de distribuição são fundamentais quando a indústria está crescendo
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