Atualizado em 22/08/24 - Escrito por Antonio Jorge Barbosa na(s) categoria(s): Processos e Organização
“A sobrevivência da empresa depende da obtenção de lucro, da geração de caixa e da preservação da liquidez – John A. Tracy”
Tenho observado ao longo do tempo que venho trabalhando como Contador, que a maioria dos pequenos e médios empresários têm enorme dificuldades na manutenção de suas empresas.
Boa parte desses problemas devemos creditar a instabilidade econômica sempre crônica que se instalou e se mantém neste país. Entretanto o maior entrave é o desconhecimento geral do funcionamento econômico-financeiro a que se submete.
O primeiro passo é a contratação de um Contador que lhe todo o respaldo necessário para a empresa. Isto é o fornecimento mensal, semestral ou anual de relatório financeiros que possibilitem o entendimento.
Se a empresa for uma indústria, grande ou pequena, os relatórios contábeis e financeiros têm que ser bem mais elaborados e elucidativos. É preciso contratar um contador com amplo conhecimento de Custos Industriais, algo difícil no atual contexto.
Todo e qualquer empresa só obtém lucros se estiver trabalhando muito bem ajustada. Grande atenção deve ser dada às vendas e principalmente aos custos.
Se for uma empresa comercial não se exige ou não se encontra grande dificuldade em se chegar aos valores de custos. É relativamente fácil, mas depende de relatórios bem elaborados.
Se for uma empresa industrial, a exigência aí é bem maior. Tem que ter um planejamento e um acompanhamento de custos de maneira clara, objetiva e consistente.
O ideal é que se tenha um sistema como o ERP Nomus, que lhe proporcione detalhamento ideal e assertivo dos custos de seus produtos.
A geração de caixa só se materializa se a empresa obtiver lucro em suas transações. Além disso tem que haver uma iteração sistemática entre prazos de compras e prazos de vendas.
Os prazos de vendas têm que ser condizentes com os desembolsos assumidos.
Ter lucro numa transação, não significa que você gerará um fluxo de caixa necessário a empresa.
Exemplo: a empresa vende 80% de sua produção com o lucro alto, mas com um prazo de 150 dias. Esse é um caso típico de lucro alto sem geração de caixa. Irá dificultar o cumprimento do orçamento.
Há de se compreender que há uma diferença muito grande entre o Lucro apurado na Demonstração de Resultados do exercício e o fluxo de caixa gerado ou disponível.
A preservação da liquidez é a parte em que a empresa sempre tem que ter dinheiro em caixa para suprir eventuais necessidades próprias ou geradas por terceiros, como crises geradas pelo governo ou terceiros.
É comum entre as empresas, como tenho observado, a distribuição de lucros, mesmos estes sendo gerados em parte pelo valor da depreciação que foi lançada pela contabilidade. A depreciação é custo, mas não representa saída de dinheiro. Daí a sobra.
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Outro ponto importante que as empresas industriais, mesmo que pequenas, tem que começar a trabalhar com um orçamento. Neste país é difícil fazer qualquer projeção, sim, mas é de grande importância que isso seja pelo menos iniciado.
Outra coisa não menos importante é geração de um planejamento financeiro de investimentos de horizonte de médio e longo prazos, definindo assim o que deve ser feito.
A geração do orçamento bem como do planejamento financeiro ocasiona uma maior iteração entre diretoria, gerência e outros dentro da empresa, proporcionando um ambiente mais participativo.
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Outro fato importante diz respeito as Faculdades, elas têm formado contadores com um conhecimento extremamente escasso no campo de custos em qualquer tipo.
Há a necessidade de se adaptar com urgência os currículos. Os novos contadores têm que chegar a empresas com habilidade e capacitados para assumir os cargos na indústria.
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