Atualizado em 26/04/22 - Escrito por Equipe Nomus na(s) categoria(s): Processos e Organização
No mundo da gestão, compliance significa estar em conformidade com leis e regulamentos e vem do verbo inglês “To comply”. A ideia é reduzir riscos e aumentar a segurança e a padronização dos processos da empresa. Isso garante que leis, normas e outros padrões sejam cumpridos com segurança.
É importante ressaltar também que essas leis e regulamentos podem ser de origem do governo, clientes ou da própria empresa. Portanto é uma forma de garantir que os colaboradores da empresa realmente sigam os comportamentos desejados pela diretoria.
Convidamos a especialista Nastascha Cima, que é Advogada, Engenheira, e Vice presidente da Comissão de Compliance da OAB Santos para uma entrevista sobre Compliance na indústria.
A ideia é entender:
Vamos lá:
Abaixo está a entrevista completa que fizemos com a especialista Natascha Cima sobre o conceito e a aplicação do Compliance no ambiente industrial. Assista:
A entrevista com a especialista Natascha Cima também está disponível no Podcast da Nomus. Para escutar, basta clicar abaixo ou seguir a Nomus na sua plataforma favorita:
Disponível nas principais plataformas de Podcast:
Como falei anteriormente, Compliance é um termo usado no mundo da gestão para organizar os processos e a conduta de colaboradores visando estar em conformidade com a legislação e com as normas definidas pela própria empresa.
O Compliance trabalha também toda a questão dos valores éticos e íntegros da empresa para seus colaboradores e também para a sociedade, uma vez que o comportamento da equipe é propagado também em sua vida pessoal.
A ideia é que a empresa além de atender a legislação, possa também definir as regras e os valores da organização e assim os colaboradores podem propagar esses valores não só dentro da empresa mas também para seus clientes, fornecedores, redes sociais etc.
Segundo a especialista, cada um desses termos faz parte do outro em níveis hierárquicos diferentes. A ideia é:
Governança > Compliance > Auditoria interna
Então a Governança coorporativa é algo mais macro e abrangente, dentro dela está o compliance e por fim está a auditoria interna dos processos e atividades.
O sistema de compliance pode ser utilizado por qualquer tamanho de empresa, desde grandes empresas e até mesmo MEI. Afinal, a empresa não precisa ser grande para definir seus valores e garantir que eles serão propagados da maneira esperada.
Ainda que a empresa não tenha funcionários no momento, ela provavelmente terá em algum momento. Além disso, o compliance também garante qual a imagem passada para fornecedores e clientes.
Normalmente as empresas buscam pelo compliance para atender exigências do mercado e da legislação.
Na parte da legislação, existem empresas estatais ou com sociedade de economia mista, como a Petrobras, que precisam atender legislações onde o compliance é uma exigência para o fecharem negócio.
Em relação ao mercado, segundo a especialista, é possível que em um futuro não muito distante, apenas uma pequena fatia do mercado esteja trabalhando sem a exigência de padronizações, já que esse tipo de exigência tem se tornado cada vez mais comum.
Na hora de começar a aplicar a metodologia, a empresa precisa decidir por onde começar. Por exemplo:
Caso a empresa deseje realmente possuir um sistema de compliance completo, o ideal é investir em um profissional especializado ou dedicar alguém da equipe para a implementação.
Com a pessoa selecionada, é preciso montar uma estrutura completa, determinando quais são os valores da empresa e seus objetivos com o programa.
Com isso feito, é preciso determinar todas as politicas, os procedimentos e os códigos necessários para atender a legislação e as necessidades da empresa.
Caso a empresa não tenha interesse ou condições para investir no compliance completo, é possível começar por apenas uma parte do programa. Por exemplo, montar um código de conduta, mapeamento de riscos ou uma política e começar por aí.
Segundo Natascha, é melhor começar em partes do que não ter nenhum tipo de padronização de valores e comportamentos dentro da empresa, já que isso pode trazer diversos problemas e custos futuros.
Existem algumas formas para monitorar e controlar a aplicação do sistema compliance na empresa.
Essa auditoria deve ser realizada ao menos uma vez por ano, mas pode ter uma periodicidade menor, dependendo da estrutura da empresa.
Basicamente, é preciso checar se os valores e códigos da empresa estão sendo respeitados e aplicados.
Essa auditoria pode ser feita também em partes, ou seja, parcelando a checagem dos processos em diferentes etapas.
Outra forma é possuir programas de treinamentos contínuos, onde a empresa consegue treinar a equipe e monitorar o entendimento por parte dos colaboradores.
É importante também garantir um canal anônimo onde os colaboradores possam dar feedback das atividades da empresa e assim possam levantar situações onde a empresa ou colaboradores podem melhorar.
Sempre que a empresa for contratar novos fornecedores, é importante estudar essa empresa para entender se os valores e conduta são compatíveis com os seus.
Afinal, a sua empresa pode acabar queimando sua imagem ao se relacionar com empresas com valores opostos ao seus.
Veja também: Como avaliar os fornecedores da sua indústria em 7 passos
Agora que você já sabe mais sobre compliance e LGPD, recomendo que você acompanhe a Nomus em nosso Youtube e Podcast, aqui estão os links:
Inscreva-se e receba conteúdos novos sobre gestão industrial toda semana. Nosso objetivo é levar conteúdo de qualidade, descomplicado e que possa ser aplicado na prática.
Fique a vontade também para se inscrever na lista de emails do Blog Industrial e ser avisado sempre que publicarmos um novo material.
Até a próxima!
Gostaria de saber como implementar compliance na prestação de serviços na construção civil. Acho muito importante oferecer um serviço de qualidade e com garantias de qualidade, o problema e manter a garantia quando os clientes não querem pagar por isso.
Compliance eh uma forma seria de praticar valores nu.a sociedade que não suporta ou foi gerada para isso, salvo raras excessões.