Atualizado em 12/09/24 - Escrito por Adriana Mariano na(s) categoria(s): Processos e Organização
A Demonstração do Resultado do Exercício, mais conhecida como DRE, é um documento contábil que apresenta de forma sucinta as operações realizadas pela empresa durante o exercício social estabelecido.
De acordo com Padoveze (2017), a DRE é a segunda demonstração mais importante, pois evidencia lucros ou prejuízos acumulados durante determinado período. Desta maneira, a DRE é uma importante ferramenta na tomada de decisões de qualquer organização.
Diante disso, preparamos este artigo para te ajudar a entender como esse documento pode melhorar seu negócio, confira:
Vamos lá!
Como já disse anteriormente, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um documento contábil que foi estruturado para facilitar a visualização da real situação financeira de uma organização.
Para isso, a DRE confronta tanto as receitas assim como os custos e as despesas provenientes de um regime de competência, a fim de fornecer o resultado líquido do exercício em questão.
Sendo assim, a DRE permite que os gestores avaliem a saúde financeira da empresa de forma simples, sucinta e padronizada.
É importante ressaltar que a DRE é elaborada juntamente com o Balanço Patrimonial após o encerramento do exercício que, em geral, compreende o período entre janeiro e dezembro. Além disso, essa demonstração é obrigatória (exceto para o Microempreendedor individual – MEI) e deve ser assinada por um contador credenciado pelo Conselho Regional de Contabilidade.
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Como podemos notar, a DRE tem como principal objetivo apresentar como se formou a situação líquida da organização com o intuito de apontar se a empresa teve lucro ou prejuízo no final do exercício em questão.
Tendo isso em vista, é possível observar outros benefícios que a Demonstração do Resultado do Exercício pode proporcionar para seu negócio, tais como:
Em 1946, a estrutura da DRE foi estabelecida pela Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76). Por isso, ao elaborar a demonstração da sua empresa siga a seguinte ordem cronológica:
O primeiro item do DRE compreende todos os valores provenientes da venda de mercadorias ou serviços prestados pela empresa durante um determinado período contábil. Dessa forma, este item refere-se ao faturamento da organização, ou seja, todas as vendas realizadas sem qualquer tipo de abatimento.
são os abatimentos concedidos de forma intencional a fim de gerar vantagens nas vendas e obter lucro. Sendo assim, são realizadas as deduções referentes a cancelamentos, devoluções e descontos concedidos naquele período. Além disso, neste item são deduzidos apenas os encargos que incidem sobre as vendas tais como ICMS, IPI, ISS, PIS, entre outros.
Após as deduções de vendas, podemos obter a receita líquida que consiste basicamente na diferença entre receita bruta e as deduções de vendas.
O próximo passo do DRE é descontar todos os gastos ocorridos tanto com as mercadorias como a prestação de serviços. Com isso, podemos explicitar três tipos de custos, que são:
De acordo com Braga(1999), o lucro bruto pode ser definido como “a diferença entre a receita operacional líquida e os custos operacionais da receita”. Com isso, podemos deduzir os custos operacionais de venda da receita líquida para obter o lucro bruto, a fim de demonstrar o quanto é gasto para produzir um determinado produto ou prestar um serviço.
Agora que obtemos o lucro bruto, o próximo passo é descontar as despesas operacionais decorrentes do funcionamento da empresa, ou seja, são as despesas que propiciaram o esforço necessário para obter a receita naquele determinado período.
É importante ressaltar que não se deve confundir as despesas com custos incorridos diretamente com a transformação de matéria-prima em produto acabado. Logo, no DRE devem ser lançados alguns tipos de despesas e receitas operacionais, que são:
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Consiste na diferença entre lucro bruto e as receitas e despesas operacionais incorridas naquele período. Se o valor for positivo, significa que temos lucro operacional. Caso contrário, obtemos prejuízo operacional que será deduzido do lucro para ajudar a determinar a base de cálculo da provisão do Imposto de Renda.
O próximo passo é deduzir do lucro operacional a provisão para o imposto de renda(IR) e da Contribuição Social Lucro Líquido(CSLL). Caso a empresa tenha prejuízo acumulado, não será possível constituir a provisão para o IR.
Após a dedução dos impostos, devem ser deduzidas tanto as participações como as contribuições aos seus respectivos beneficiários, tais como: debêntures, administradores, partes beneficiárias e empregados para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados.
Após a compensação de cada uma das obrigações que a organização possui durante o período estipulado, obtemos o resultado líquido do exercício. Caso a empresa tenha obtido um resultado positivo, significa que a organização teve lucro naquele período. Caso contrário, houve prejuízo durante aquele exercício.
Para ficar mais claro, veja como é a estrutura de uma Demonstração do Resultado do Exercício de acordo com SARDAGNA (2018):
Com base nessa estrutura é possível avaliar a realidade da empresa de forma mais simples e precisa. Também podemos notar que apesar da DRE ser um relatório obrigatório, ela é essencial para o planejamento e organização, visto que podemos obter uma ampla visão da saúde financeira da empresa durante o exercício contábil.
Portanto, a Demonstração do Resultado do Exercício é um documento bastante importante para a gestão financeira de uma empresa, uma vez que possui um conjunto de informações que ajudam a diagnosticar a saúde financeira da organização. Com isso, os gestores podem embasar suas decisões a fim de alavancar o desempenho do negócio.
Agora que você já sabe qual é a importância da DRE e como ela deve ser elaborada, entre em contato com seu contador e coloque as dicas desse artigo em prática!
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O DRE na verdade é muito eficaz na pcp de uma empresa. Portanto, devemos aplicar os conceitos para a melhoria da nossa pcp na empresa. Gostei da informação, aprende muito a aula de hoje.