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Ensaios destrutivos: o que é, quais os tipos e como realizar na sua empresa

Atualizado em 15/01/25 - Escrito por João Pedro na(s) categoria(s): Qualidade

Ensaios Destrutivos (ED) são processos de avaliação das propriedades mecânicas e físicas de peças e produtos através de testes extremos. As condições destes ensaios podem causar danos parciais ou totais do produto testado, por isso são chamados de destrutivos.

Os ensaios destrutivos são capazes de avaliar as capacidades do produto de enfrentar condições extremas de torção, impacto, tensão, entre outras. Conhecer os limites de uma peça é importante para entender sua usabilidade, vida útil e condições de preservação.

Conhecer o que é e como funciona o ensaio destrutivo é importante para profissionais da indústria – independente de cargo. Gestores, operadores, chão de fábrica, financeiro, administração de estoque etc. Todos esses se beneficiam de entender o ED e de conferir o texto abaixo.

Faça uma boa leitura!

O que são os ensaios destrutivos? Para que servem?

Os ensaios destrutivos, os EDs, são testes realizados em uma indústria para identificar a qualidade de materiais, peças, produtos etc. Esses testes envolvem sujeitar o objeto a pressão, torção, impacto e outros eventos que podem afetar suas propriedades físicas ou mecânicas. É o exato oposto dos Ensaios Não Destrutivos.

Logo, é assim que a indústria descobre as características físicas e mecânicas de um material ou peça, assim como seu desempenho quando submetido a condições extremas. Descobrir os limites de resistência, tenacidade, elasticidade e de outras propriedades do objeto tem dois papéis.

O primeiro, e mais comum, é verificar se ele está nas conformidades de qualidade da empresa, e o segundo é participar do processo de desenvolvimento de produtos.

Saiba como monitorar testes de qualidade com a planilha de FMEA.

Quem é o responsável pelo ED?

O profissional que gerencia e controla o Ensaio Destrutivo é o gestor de qualidade da empresa. Sua função envolve orientar, monitorar, controlar e avaliar os processos. A aplicação do ED em si é que varia.

Operar um Ensaio Destrutivo é o trabalho de diversos profissionais de diferentes especialidades, conforme os testes a serem aplicados e materiais a serem avaliados, assim como a organização daquela fábrica em si.

Equipamentos de ensaios destrutivos

Os equipamentos de ensaio destrutivos, utilizados para testar as capacidades físicas e mecânicas de um objeto, variam bastante conforme a indústria e o que está sendo testado. 

Dentro dessa gama de possibilidades, há 6 mais comuns, utilizados em cursos de gestão de qualidade e produção. São eles:

• Máquina Universal dos Ensaios: também chamada de máquina de ensaio universal ou UTM, é capaz de realizar diversos tipos de ensaios estáticos, tal como flexão, descascamento e adesão, tração e compressão, e muitos outros;
• Durômetro Vickers: equipamento utilizado no ensaio destrutivo de peças petálidas, principalmente as pequenas e tratadas termicamente, e também quando for necessário fazer ensaio para fins especiais (dureza máxima de pontos soldados, resistência à fratura dos materiais cerâmicos, dureza de materiais cimentados etc), dentro da escala de dureza Vickers;
• Durômetro Brinell: equipamento utilizado na testagem de variadas durezas – das mais baixas às mais altas – principalmente na área metal-mecânica, mas também podendo ser aplicado a outros materiais, dentro da escala de Dureza Brinell;
• Durômetro Rockwell: equipamento utilizado para medir com exatidão a resistência de peças complexas, plástico, borracha e outros materiais, dentro da escala de dureza Rockwell que é aplicada em um sistema pré-carga;
• Máquina para Ensaio de Embutimento: é a máquina em que se coloca uma chapa ou amostra para submetê-la a uma força crescente sobre a superfície do material vinda de uma punção contra a matriz, medindo a força aplicada no objeto e deformação causada;
• Máquina para Ensaio de Impacto: como o nome denuncia, serve para descobrir a resistência do material ao impacto em seus diferentes níveis de força, compreendendo também suas falhas sob impactos rápidos e mudanças de temperatura.

Principais Ensaios Destrutivos

Os Ensaios Destrutivos a serem aplicados variam bastante conforme o material a ser testado e objetivo da fábrica. No entanto, há 11 que todo profissional de qualidade precisa conhecer, pois são os mais comuns de se encontrar nas indústrias. Confira quais são:

1. Cisalhamento: serve para determinar a resistência do material ao cisalhamento, ou seja, ao esforço de aplicar forças tangenciais de deslizar uma parte do material em outro – ou seja, de cortes de chapa, união por rebites, etc;
2. Compressão: teste onde se investiga a capacidade de resistência de um objeto a forças de compressão;
3. Dobramento: ensaio destrutivo que confere quanto um material se deforma plasticamente quando submetido à flexão repetida;
4. Dureza: avaliação da resistência do material à aplicação de pontas de penetração sob pressão, realizando marcas na sua superfície;
5. Embutimento: método de ensaio para descobrir quão dúctil e deformável plasticamente uma chapa ou outro material consegue ser perante uma força uniaxial, medindo sua capacidade de suportar cargas sem fraturar;
6. Fadiga: serve para avaliar como a peça se comporta durante um carregamento cíclico, podendo ser realizado com tração-compressão, flexão, torção ou outros;
7. Flexão: teste em que se verifica a capacidade do material ou objeto sob uma carga indutora de flexão para compreender seu comportamento estrutural, sua rigidez, sua resistência e sua capacidade de suportar cargas aplicadas;
8. Fluência: forma de descobrir a resistência do material a cargas aplicadas por um longo tempo junto com temperatura elevada, interrompendo o teste quando encontra-se a falha;
9. Impacto: como diz o nome, esse ensaio destrutivo testa a capacidade do material ou objetos a impactos;
10. Torção: análise de peça e objetos onde se aplicam cargas torsionais para descobrir qual é seu comportamento mecânico sob o mesmo, geralmente aplicada a materiais poliméricos;
11. Tração: teste de ensaio destrutivo em que se aplica uma força de tração com corpo de prova padronizado com alongamento até que ocorra a fratura.

Indústrias que precisam usar o ED

Todas as indústrias que quiserem ter bons indicadores de qualidade, satisfação de clientes e obtenção de selos e certificados de qualidade como ISO 9001 devem realizar o Ensaio Destrutivo. Isso, claro, quando estamos falando de produtos em que faz sentido aplicar os testes.

Como monitorar e gerar relatórios de Ensaios Destrutivos de forma ágil e automática

Monitorar e gerar relatórios de Ensaios Destrutivos e de outros processos de qualidade é muito mais fácil quando se usa um ERP – sistema de gestão integrada. Principalmente se for um ERP Industrial, isso é, desenvolvido pensado na indústria. A ferramenta permite controlar todos os seus processos e resultados.

Entenda melhor na entrevista abaixo com Armando Pereira, responsável pela Gestão da Qualidade da BSB Soluções em Borracha:

Inspeção e controle de qualidade otimizadas

Ensaios destrutivos, não destrutivos e quaisquer outros precisam ser monitorados, registrados e documentados para garantir a máxima qualidade do processo.

A única forma de realizar essa operação com maior desempenho possível é utilizando ferramentas digitais inteligentes que integram suas operações e permitem uma fiscalização adequada de resultados.

Você pode ter um controle minucioso dos seus KPIs de produção, manutenção, qualidade, vendas e outros com o Nomus ERP Industrial. A ferramenta permite ajudar em todas as áreas da empresa. Assista a uma demonstração gratuita:

Sistema de gestão para inspeção de qualidade

A qualidade dos produtos da sua empresa está sujeita à sua capacidade de controle e execução de processos de fabricação cuidadosos, ensaios efetivos e até mesmo ao armazenamento inteligente. São muitos os obstáculos, mas você não precisa enfrentar sozinho.

Eu trago a opção de usar o Nomus ERP Industrial – uma ferramenta capaz de centralizar e gerir as operações de toda a sua empresa a partir de um só lugar com o auxílio de profissionais da indústria.

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