Ensaios não destrutivos: o que é, quais os tipos e como realizar na sua empresa
Atualizado em 6/06/24 - Escrito por João Pedro na(s) categoria(s): Qualidade
Ensaios não destrutivos (END) são processos de avaliação de peças e produtos com objetivo de verificar se elas apresentam as propriedades desejadas e adequadas para o seu uso sem alterar de forma permanente suas característica físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais.
Esse teste é importante para identificar se o objeto apresenta algum defeito ou descontinuidade do material. É com ele que uma indústria consegue ter maior controle de qualidade sobre suas peças e produtos, resultando em redução de custos, aumento de satisfação do cliente, e maior confiabilidade de todos os processos envolvidos.
Os processos de END são variados e aplicados em todas as indústrias. Se quiser manter sua empresa fabricando produtos de qualidade, surpreendendo seus clientes com resultados e não com acidentes, conheça e aplique o END. Eu te explico tudo abaixo.
Faça uma boa leitura.
Confira os tópicos:
- O que são os ensaios não destrutivos? Para que servem?
- Para que serve os tipos de ensaio não destrutivo?
- Quem é o responsável pelo END?
- Tipos e métodos de ensaio não destrutivo
- Indústrias que precisam usar o END
- Como monitorar e gerar relatórios de Ensaios Não Destrutivos de forma ágil e automática
- Inspeção e controle de qualidade otimizadas
- Consultoria e ferramentas para gargalos de inspeção de qualidade
O que são os ensaios não destrutivos? Para que servem?
Ensaios não destrutivos, os ENDs, são processos realizados para testar a qualidade de materiais, peças, semi acabados e outros itens e produtos em uma indústria sem alterar suas propriedades dimensionais, químicas, físicas ou mecânicas.
Entre exemplos de métodos de ensaio não destrutivos, podemos encontrar exames radiográficos, com o uso de Raios X e Gama, emissão acústica e análise de vibrações. É dessa forma que indústrias de diversos setores averiguam a qualidade de suas soldas, forjas, fundições e laminações, entre outros.
Absolutamente todo setor de indústria pode utilizar o END se fizer sentido para seus produtos, mas é importante utilizar processos adequados, aplicados por pessoas capacitadas. O ensaio não destrutivo será, então, utilizado na fabricação, construção, montagem, inspeção em serviço e manutenção, assim como controle de qualidade matéria-prima e outros produtos recebidos do fornecedor.
Para que serve os tipos de ensaio não destrutivo?
Os diferentes tipos de Ensaio Não Destrutivo permitem detectar e avaliar se os materiais analisados possuem defeitos. Dessa forma, eles serão descartados, corrigidos ou desmontados para serem novamente inseridos na linha de produção. É um passo importantíssimo da inspeção de qualidade na indústria.
Quem é o responsável pelo END?
O responsável por garantir que o Ensaio Não Destrutivo seja aplicado é o gestor de qualidade da empresa que deve orientar, monitorar, controlar e avaliar os processos. Quando falamos de responsável pela aplicação em si, se trata de uma resposta variável.
De forma geral, o END é aplicado por uma equipe de profissionais de diferentes especialidades. Cada indústria submeterá seus produtos a testes próprios, o que implica em convocar responsáveis com formação e experiência adequada àqueles processos.
Tipos e métodos de ensaio não destrutivo
Os tipos e métodos de ensaios não destrutivos são variados conforme as necessidades da indústria. No entanto, existem algumas categorias de procedimento mais comuns e eu trouxe abaixo para você conferir.
Saiba quais são os principais tipos de ensaios não destrutivos (END):
- Análise de vibração: máquinas e aparelhos que emitem vibração em seu funcionamento costumam vibrar dentro de um padrão esperado. A análise de vibrações consiste em verificar, com sensores, se a vibração está regular e dentro dos padrões esperados de cada componente;
- Emissão acústica: é possível encontrar defeitos de vazamento e corrosão nos materiais através do de emissão acústica, uma análise END usada em casos específicos, como tubulações;
- Estanqueidade: esse END serve para verificar se tubulações, conexões, soldas e válvulas estão ou não com problemas de vazamento através da injeção de ar dentro da tubulação. Utiliza-se um manômetro para medir a pressão e chegar-se aos resultados do ensaio;
- Inspeção visual: técnica simples de baixo custo que é exatamente o que o nome diz. Basta a equipe técnica fazer uma observação dos detalhes dos materiais. Claro, dependendo da complexidade do produto e necessidade de inspeção, pode-se utilizar de olho nu a projetores óticos e microscópios;
- Líquido penetrante: pode-se utilizar alguns tipos de líquidos químicos penetrantes misturados a corante visível para encontrar falhas em peças, como fendas e buracos. Trata-se da lógica parecida utilizada para encontrar infiltração em canos de residências, onde se coloca-se água no ralo ou vaso sanitário com adição de corante, o que mostrará se o vazamento existe e de onde sai;
- Partículas magnéticas: submeter o material a campos magnéticos ajuda a encontrar defeitos e perturbação, sendo um END ótimo para peças ferromagnética;
- Radiografias: existem dois tipos comuns de radiografia entre os ENDs e ambas funcionam de forma parecida a seus usos na medicina, variando apenas o nível de radiação. As duas versões se diferenciam pelo raio utilizado (X ou gama) que é emitido sobre o material, gerando imagens em um filme;
- Termografia: é um END de imagens que utiliza escala de calor para identificar em quais pontos da estrutura a temperatura atinge níveis excessivos e têm risco de superaquecimento. Utiliza-se termovisores para captar radiação infravermelha;
- Ultrassom: este tipo END utiliza ondas de ultrassom para encontrar falhas internas em peças que possuam grande espessura. O equipamento utilizado neste ensaio não destrutivo costuma ser o transdutor que é colocado na superfície do material para emitir ondas acústicas. Com isso, é possível encontrar irregularidades, defeitos, descontinuidades e falta de acabamento.
Indústrias que precisam usar o END
Apesar de não ser a realidade, o END precisa ser aplicado por todas as indústrias, de qualquer setor. Trata-se de uma garantia de bons indicadores de qualidade e segurança para a própria fábrica e seus clientes. Inclusive, realizar todas as etapas de inspeção de segurança de forma correta é o que permite uma indústria alcançar certificados como o ISO 9001.
Como monitorar e gerar relatórios de Ensaios Não Destrutivos de forma ágil e automática
A melhor forma de monitorar e gerar relatórios END e de inspeção de qualidade no geral é através de sistemas de gestão industrial. Em particular, o Nomus ERP Industrial já tem trazido diversos resultados para fábricas, principalmente aquelas que focam seus investimentos em controle de qualidade. Nem todo ERP é assim.
Assista à entrevista com Armando Pereira, responsável pela Gestão da Qualidade da BSB Soluções em Borracha, e veja como seu setor mudou com a implantação do sistema:
Inspeção e controle de qualidade otimizadas
Todos os ensaios, destrutivos ou não devem ser bem documentados e controlados para garantir a máxima qualidade do seu produto. Essa necessidade de acompanhamento minucioso, mas ainda assim eficiente, se repete para todas as etapas da inspeção de qualidade.
Uma forma de garantir que seus KPIs sejam atingidos é utilizar o Nomus ERP Industrial. Esse sistema te dá tanto controle sobre os dados e fiscalização de qualidade que dependerá unicamente das suas estratégias operacionais alcançar os certificados ISO.
Além de funcionalidades para inspeção e controle de qualidade mais eficiente, o Nomus ERP Industrial ainda é capaz de ajudar em todas as áreas da sua fábrica. O sistema ainda é fácil de ser implantado e usado.
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Consultoria e ferramentas para gargalos de inspeção de qualidade
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