Atualizado em 1/09/22 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Processos e Organização / Produção
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), o empresário brasileiro sabe da importância de investir em um maquinário moderno para se tornar mais competitivo, embora o retorno sobre os investimentos, ou ROI (return on investments), tanto referentes à manutenção quanto à modernização de equipamentos industriais, seja menor quando comparado ao de outros países.
E não estamos falando apenas sobre a compra de novas máquinas, mas também sobre a manutenção e a utilização adequada, prolongando, assim, a vida útil deles. Neste guia, apresentaremos a você o que é importante considerar sobre equipamentos industriais. Confira!
A escolha de bons equipamentos para a sua indústria envolve algumas fases importantes. Por isso, antes de começar a procurar o fornecedor, é necessário fazer uma análise sobre todos os processos executados internamente, identificando os pontos de maior defasagem em relação aos concorrentes. Somente assim você vai saber se faz sentido investir para aumentar a capacidade.
Infelizmente, a grande maioria dos empresários industriais não leva em consideração o impacto que um novo equipamento vai trazer ao ser inserido no processo atual e é mais comum do que você imagina a quantidade de equipamentos sendo comprados e ficando subutilizados. Isso porque se o investimento for feito para aumentar a produção de uma etapa que não é o gargalo da indústria, a produção excedente proporcionada nesta etapa não poderá ser processada pelas outras fases do processo produtivo.
Além disso, a falta de planejamento ao investir em um novo equipamento pode levar a situações embaraçosas para quem tomou a decisão de investimento, como os exemplos abaixo já presenciados por nossa equipe de engenheiros:
Os melhores investimentos partem do pressuposto de trazer maior desenvolvimento para a empresa em questão, sempre levando em consideração alguns aspectos, como o impacto que ele vai trazer no processo produtivo como um todo, mas também os objetivos em curto, médio e longo prazos. Feito isso, é hora de começar a escolha — para isso, leve em consideração os passos a seguir:
Com o avanço das tecnologias, um grande volume de compras é feito pela Internet. Não estamos dizendo que você deve descartar essa hipótese, mas busque fornecedores com os quais possa ter um relacionamento direto. Isso quer dizer conferir as máquinas pessoalmente.
Mais do que isso, o fornecedor direto é mais fácil de contatar para realizar posteriores manutenções e também para certificar-se de que as garantias serão cumpridas e que o suporte técnico será ágil. Ademais, você poderá realizar melhores negociações, solicitando descontos para os pagamentos em dinheiro ou mesmo pedindo parcelamentos das compras.
Alguns exemplos de empresas que fornecem equipamentos industriais:
Funcionalidade, qualidade, produtividade e inovação são quatro características básicas a serem levadas em consideração antes da compra do seu maquinário. Por isso, busque referências, conheça as especificidades técnicas dos equipamentos, a capacidade produtiva deles e outros detalhes que julgar importantes.
Para realizar essa pesquisa, procure referências no próprio mercado com as empresas que já fazem uso das tecnologias do fornecedor em questão. O próprio fornecedor pode oferecer materiais para que você estude sobre as funcionalidades. Se possível, faça uma visita técnica que permita ver o equipamento em operação, realizando um teste para verificar a potencialidade dele em atender as suas demandas.
Essa dica não será aplicável em todas as ocasiões, mas ela é fundamental quando se deseja otimizar o espaço dentro da sua indústria, ao mesmo tempo em que se faz uma economia significativa. Isso porque os equipamentos compactos são aqueles que reúnem, em uma única máquina, diversas funções.
Ou seja, não será preciso adquirir várias máquinas.. Por isso, avalie o que o equipamento industrial em questão pode oferecer, visando à qualidade técnica. Como dissemos, a economia será um dos maiores benefícios e não estamos relacionando-a apenas ao preço, mas também aos gastos com manutenção e energia, que serão reduzidos.
Nada impede que, durante a escolha dos equipamentos industriais, você se depare com máquinas seminovas e que estão sendo vendidos. No entanto, muita atenção antes de escolhê-los! Não é só a aparência da máquina que deve ser levada em consideração.
Questione sobre o funcionamento, a potência, o tempo de uso e outras informações. Afinal, o preço pode ser até mais atrativo, mas e se forem necessárias várias manutenções? Leve em consideração também o avanço tecnológico do maquinário em questão, pois, se ele estiver em muita defasagem, pode valer a pena investir mais para obter uma tecnologia mais moderna.
A maioria das compras de equipamentos industriais envolve uma cotação com vários fornecedores a fim de encontrar não só o maquinário mais adequado, mas também o que apresenta o melhor preço, aquele que oferece a oportunidade de diversas opções de pagamentos, entre outros.
Mais do que um bom preço, você deve levar em conta o fornecedor mais qualificado. Isso porque os equipamentos precisam ser muito seguros e funcionais. Ou seja, é aquele ditado: o barato sai caro. É importante analisar, de forma crítica, antes de se fazer qualquer compra, ainda mais quando se trata da indústria que opera grandes somas.
Uma das maneiras de garantir uma maior performance aos equipamentos industriais é fazendo o bom uso deles. Para isso, é necessário ter cuidados operacionais, garantindo, assim, a sua máxima performance.
Aliás, é essa cautela que impactará o seu negócio de maneira positiva, pois, desse modo, há uma regularidade no ambiente de produção, e as chances de falhas dos equipamentos são reduzidas, evitando gastos com consertos frequentes!
Os colaboradores que lidam diretamente com as máquinas na indústria precisam saber como manuseá-las corretamente. Em vista disso, é fundamental investir em treinamentos constantes, principalmente quando há inserção de novas tecnologias.
A capacitação deve ser uma política que atinja tanto os novos funcionários quanto os antigos. Afinal, todos precisam aprender as melhores maneiras de lidar com os equipamentos. Logo, se surgirem novidades nesse sentido, procure reunir a equipe e treiná-la de acordo com as novas diretrizes.
Cada equipamento exige cuidados específicos para que desempenhe sua função com mais eficácia, aumentando a sua vida útil. Logo, crie, junto à equipe, padrões quanto à utilização das máquinas. Peça àqueles colaboradores mais experientes que repassem aos novos as maneiras corretas, por exemplo, de fazer a instalação de um componente, como o mancal, ou como usar uma ferramenta.
Manter o padrão evita não conformidades, bem como danos ao equipamento, desde a queda na sua performance até a pane total. Por essa razão, é importante envolver a equipe e informá-la sobre a essencialidade das boas práticas, como a utilização correta da matéria-prima.
Atente também às especificações trazidas pelos fornecedores — como eles montaram as máquinas, sabem o que pode e o que não pode ser feito com elas, garantindo o seu máximo desempenho.
Essa dica é especial para a instalação de novos equipamentos ou componentes diferentes nos equipamentos industriais. Diversas máquinas fazem uso de fontes chaveadas, operadas geralmente com altas cargas elétricas..
Por isso, é necessário ter cuidado ao realizar a montagem do quadro elétrico no local em que esses equipamentos serão ligados. Isso porque, devido à alta frequência, uma falha pode impactar o aparelho e, até mesmo, prejudicar a performance adequada dele e de outras máquinas interligadas.
A ação mais adequada, nesses casos, é procurar a ajuda de um engenheiro que faça todo o projeto elétrico, permitindo a utilização dos instrumentos da maneira mais adequada.
Surgiu um barulho estranho? A máquina já não opera com a mesma eficácia e eficiência? Equipamentos próximos estão apresentando falhas? Hora de ligar um alerta! É importante sempre estar atento, pois algo pode estar errado e isso precisa ser identificado prontamente.
Cheque as instalações, observe as condições do equipamento e o próprio ambiente ao redor. Tudo isso tem impacto sobre a performance e pode até levar à parada do funcionamento das máquinas — algo impensável para uma indústria que depende diretamente delas, não é mesmo? Por isso, o setor de manutenção deve estar em constante atenção e realizar checagens programadas, como mostraremos melhor a seguir!
A baixa vida útil dos equipamentos industriais pode trazer uma série de desvantagens, como o aumento nos gastos com a compra de novas máquinas, a necessidade de consertos constantes e também as lacunas na produtividade dos colaboradores.
O setor de manutenção industrial é o principal responsável por fiscalizar a degradação dos equipamentos e evitar qualquer tipo de parada nas fábricas. Ademais, é esse mesmo setor que responde pela confiabilidade do maquinário e da sua vida útil. Claro que, com o passar do tempo, há o desgaste, mas é possível adiar a chegada desse período.
Outros benefícios de realizar um trabalho de conservação cuidadoso são:
Os colaboradores do chão de fábrica precisam trabalhar em um ambiente seguro e que não coloque em risco a integridade física e mental. É por essa razão que o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) deve ser uma obrigação — entre eles, estão luvas, capacetes, roupas e calçados apropriados.
No entanto, a segurança não deve ficar apenas nas mãos do próprio profissional. A empresa precisa garantir isso. Quando as máquinas estão em boas condições, há uma tendência bem menor de que elas se comportem de maneira não previsível e coloquem em risco a vida do pessoal.
Uma máquina em pane deixa de operacionalizar uma série de processos e prejudica toda a produção da empresa. Com a manutenção em dia, os consertos constantes são evitados e há menos interrupções nos trabalhos internos.
Consequentemente, a vazão dos produtos é mais regular, e os níveis de serviços, mais confiáveis, visto que as falhas não estarão ligadas às máquinas. Isso aumenta a confiabilidade da empresa não só internamente, mas também diante dos clientes.
Uma das principais preocupações das indústrias é com relação ao custo de suas operações. Muitas vezes, a alta no orçamento é causada por falhas humanas, como a negligência da manutenção dos equipamentos industriais para economizar. Na verdade, o que acontece é o contrário, pois, se algo sair da conformidade, será necessário arcar com o conserto ou, até mesmo, com a instalação de novas máquinas.
Elementos tecnológicos, por exemplo, tendem a funcionar melhor quando recebem manutenção constante, trazendo não só mais eficiência, mas também economia para o dia a dia.
Enfim, os benefícios são vários e apontamos alguns dos mais importantes. No entanto, tenha atenção, já que o gestor também deve estar inteirado sobre os riscos do processo de conservação. É muito importante contar com um planejamento focado na segurança e na realização qualificada dessas tarefas para que os mantenedores não corram riscos.
Para isso, existem alguns passos a serem seguidos que merecem atenção:
Como vimos, existem diversas maneiras de minimizar os acidentes dentro do ambiente de trabalho. Uma das principais é por meio da aplicação da manutenção preventiva periódica dos equipamentos industriais.
A gestão de manutenção será responsável não só por elaborar, mas também por realizar o monitoramento dos processos a fim de que eles tragam resultados mais positivos para a indústria. Dada a importância desse trabalho, foram desenvolvidos e aperfeiçoados, nos últimos anos, diferentes tipos de manutenção visando a maior qualidade do serviço. Confira, a seguir, as principais delas aplicadas na indústria!
A manutenção corretiva é o tipo que existe para a restauração ou correção do funcionamento de um determinado equipamento. Geralmente, ela é feita depois que a máquina apresenta alguma falha ou mesmo quebra.
Ela se divide em duas partes, podendo ser: planejada ou não planejada. No primeiro caso, ela é feita quando é detectado algum sinal de falha e é programada, ou seja, não acontece de imediato, como é o caso da não planejada. Essa segunda é realizada quando o equipamento apresenta a quebra ou falha total e, geralmente, é mais onerosa para a indústria, não só em relação aos custos, mas também por aumentar os riscos de acidentes e até a perda da qualidade dos produtos.
Esse modelo se diferencia da corretiva por justamente por seu caráter preventivo o que tende a reduzir as falhas, evitando as quebras e a queda do desempenho das máquinas antes de qualquer ocorrência. Para isso, é seguida uma rotina ou um planejamento de manutenção. Ou seja, é elaborada uma tabela com um check-list completo sobre as ações que devem ser tomadas para todas as máquinas, incluindo a frequência em que devem ser realizadas.
Vale lembrar que a manutenção preventiva é a mais adequadas para a maioria das máquinas e equipamentos, pois ela reduz os riscos aos colaboradores que manuseiam as máquinas, além de diminuir as ameaças ao meio ambiente, as lacunas na produção e os desperdícios.
Na manutenção preditiva, a finalidade é antecipar as falhas, por meio de uma rotina que atenda às necessidades de um equipamento, de modo a ter informações sobre o seu desgaste ou degradação. Entre as necessidades que ajudam a identificar a urgência de manutenção, estão: limpeza, calibragem, lubrificação e aferição da máquina.
Além disso, ela considera todo o histórico do equipamento e das manutenções realizadas nele. No entanto, é necessário que a máquina permita esse monitoramento para que, assim, seja realizada uma manutenção corretiva planejada.
A Manutenção Produtiva Total, ou Total Productive Maintenance (TPM), é caracterizada por envolver todos os colaboradores da corporação. O objetivo é aumentar a eficácia e a qualidade de todo o equipamento industrial.
O termo foi cunhado no Japão e faz parte dos pilares do Sistema Toyota de Produção que é o precursor do Lean Manufacturing. Sendo assim, existem 5 etapas da TPM, que são:
Como já falamos, a vida útil dos equipamentos industriais é muito importante e deve ser tratada como um assunto prioritário antes mesmo da instalação. Ela diz respeito ao período em que eles continuam desempenhando satisfatoriamente as suas funções. Além da redução de custos com a troca do maquinário, evita-se os custos prematuros com consertos.
Caso você esteja procurando maneiras simples, mas eficazes, para otimizar e melhorar o tempo de aproveitamento dos equipamentos da sua indústria, confira as dicas a seguir!
Os sensores são peças imprescindíveis na automação industrial, e o motivo para isso é bem plausível, já que é por meio deles que são detectadas quaisquer movimentações na fábrica, desde a verificação de fluidos até o controle de direção.
Existem diversas opções no mercado de sensores — entre os mais comuns para o ambiente industrial, estão: sensores de pressão, medição de temperatura, nível, vazão, indução, fotoelétrico, magnético e ultrassônico. Eles ajudam no monitoramento mais preciso da performance do maquinário, contribuindo, assim, para que seja aumentada a sua vida útil principalmente quando são aliados da manutenção preditiva..
Por exemplo, existe o sensor de temperatura. A sua função básica é indicar e combater o superaquecimento das máquinas. A ideia é contribuir para que elas não parem e nem corram o risco de entrar em pane quando há o aumento da temperatura, comprometendo todo o trabalho desenvolvido.
O uso de climatizadores de ambientes também é indispensável não só para os equipamentos industriais, mas também para os colaboradores que os manuseiam. Antes de explicar os benefícios de instalá-los, vale lembrar que eles não gastam tanta energia e têm um custo bem menor se comparados ao ar-condicionado.
Sendo assim, o climatizador de ambiente renova e filtra o ar, o que é fundamental para a saúde dos colaboradores. Com relação à vida útil dos equipamentos, eles ajudam a diminuir o calor do ambiente, evitando o superaquecimento e até os danos a produtos já manufaturados. Vale lembrar que, ao fazer circular o ar, ele evita que gases tóxicos acumulem no ambiente e deteriorem determinadas peças, que precisam estar em locais totalmente secos e com uma temperatura média mais baixa.
Você pode estar se perguntando: mas qual a função da iluminação na vida útil das máquinas? A primeira coisa é que ela ajuda a evitar incêndios no espaço e contribui para que os colaboradores tenham melhor visão sobre os equipamentos e, consequentemente, possam utilizá-los da maneira correta.
Para isso, é importante que a empresa se preocupe em seguir as normas quanto à iluminação industrial, investindo em um projeto que otimize o espaço. Além disso, é necessário escolher opções que possam ser utilizadas em longo prazo e que funcionem também como sinalização caso haja alguma não conformidade.
Manter uma fiação de qualidade e bem posicionada é fundamental para o bom funcionamento do seu maquinário. Imagine comprar uma ferramenta nova e, logo em seguida, ter que mandá-la ao conserto, porque algum componente queimou. Gastos indesejados, não é mesmo? E se a ideia é aumentar a vida útil dos equipamentos, não é bom que isso aconteça.
Por essa razão, durante o projeto elétrico da indústria, é crucial pensar em todas as ligações de maneira estratégica, instalar eletrodutos e todos os aparelhos de segurança, caixas de força, quadro de luz, disjuntores, sensores de desligamento, setup de máquina, entre outros. Assim, as chances de um equipamento apresentar falhas devido à pane elétrica ou à fiação são bastante reduzidas.
Já falamos sobre isso, mas vale a pena reforçar. Um aparelho só tem vida útil prolongada se é feito o bom uso dele. Isso significa que as pessoas que vão manuseá-lo precisam estar preparadas para tal tarefa. Sempre que for possível, faça treinamentos em equipe para que ela se conscientize.
O ideal é também manter, nos galpões, quadros com regras para a boa conservação e utilização adequada. A maioria dos equipamentos vem com manual, então, deixe-os disponíveis ou fixe instruções na própria máquina para que, caso alguém tenha dúvidas, elas possam ser sanadas prontamente.
Desde o momento da compra até a hora de colocar os equipamentos industriais em funcionamento, é importante seguir uma série de cuidados. Como mostramos, escolher bons fornecedores o ajudará a se resguardar quando aparecerem as falhas.
Além disso, a fim de garantir que a performance do maquinário seja uma forma de evitar problemas, a manutenção está aí para provar o quão importante é a ação. Tanto é que existem diferentes tipos na indústria, que visam à garantia da qualidade da produção e ao aumento da vida útil do maquinário. Falando nisso, vale destacar que o ambiente precisa estar adaptado para receber as máquinas — tudo isso interfere diretamente no seu custo.
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