Atualizado em 16/12/20 - Escrito por Pedro Parreiras na(s) categoria(s): Estratégia / Logística / Processos e Organização / Produção
Fomos ao Rio de Janeiro, visitar e conferir o Caso de Sucesso da empresa SH Fôrmas, cliente Nomus. No local pudemos ver grandes mudanças que aconteceram a partir da aplicação da gestão da produção. Entre muitos funcionários, conversamos com o Diretor Comercial, Luis Claudio Monteiro, do Grupo SH.
No bate papo, falamos sobre a experiência com a Nomus, falando também, claro, sobre a empresa. Confira abaixo o depoimento trazido pelo Diretor Comercial do Grupo SH, em texto ou vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=vcT86wa0VJI
A SH Indústria pertence ao Grupo SH, que é uma empresa brasileira, nós temos 49 anos de existência no mercado. A SH é uma empresa que atua no setor de locação de equipamentos para construção civil, basicamente, com fôrmas, andaimes e escoramentos. Temos uma abrangência nacional, atuando em 11 estados, do norte ao sul, do Pará ao rio Grande do Sul, e com duas unidades na América Latina, uma na Colômbia e outra no Paraguai.
Dentro do Grupo SH, temos uma empresa chamada SH Indústria, que nasceu como apêndice da SH Fôrmas, fabricando para a própria Sh, para repor as formas que são danificadas ou perdidas nas obras, com nossos clientes.
Em 2010, desenvolvemos uma fôrma, trazendo uma tecnologia americana, que é uma fôrma de alumínio. Tivemos a felicidade de entrar no exato momento que o Brasil estava crescendo na parte de habitação social, com o programa Minha Casa, Minha Vida. Hoje a fábrica, basicamente, produz fôrmas de alumínio para atender a habitação.
Em 2013 ingressei na SH, em março. Quando cheguei na fábrica, estava muito mais para uma serralheria de fundo de quintal, sem nenhum tipo de controle, nenhum tipo de processo, em um momento que o mercado estava crescendo. Foi fundamental buscarmos uma ferramenta, que nos ajudasse a organizar a gestão da produção.
A nossa fôrma de alumínio é customizada, com uma tolerância, que não chega a 2mm de dimensão. Se não temos um processo controlado, a possibilidade de errar 2mm é praticamente nada, mas pra gente é muito importante, porque é uma fôrma que fazemos uma concretagem única no local, parede, laje, tudo junto. Se houver uma folga maior o concreto vai vazar e você não vai conseguir desformar a unidade.
Pra gente foi fundamental buscar essa solução, porque em uma casa, quando fazemos a concretagem , o jogo de fôrma tem mais de mil peças distintas. Fazíamos o controle em 2013 em planilhas com muita intervenção humana, com possibilidade de erro enorme.
Um índice que trabalhamos muito é a quantidade de desperdício e geração de sucata. Quando começamos a medir, foi no final de 2013, começo de 2014, quando estávamos entrando no processo da Nomus. Esse número era próximo de 17%. Quando entrei, no começo de 2013, a impressão é que era o dobro disso, cerca de 30% de desperdício. Para cada três peças que fazíamos, uma saía errada. Hoje buscamos um número abaixo de 5%. Um número razoável pela atividade que fazemos.
Quando você produz a fôrma, considerando nosso baixo índice de tolerância, tanto no corte, furação, fresa, são várias atividades industriais que fazemos na produção da fôrma. Errando uma dessas, você pode até cortar a chapa no tamanho correto, mas se colocar o furo a 2mm de diferença do eixo dele a peça está perdida. São muitas variáveis que temos que atender para sair com a qualidade que colocamos no mercado.
Vivemos um momento muito peculiar na história. Estamos entrando, efetivamente, no terceiro ano de crise, o setor que atuamos, talvez seja o mais afetado na economia. Temos uma visão muito realista que isso não vai melhorar esse ano, trabalhando que em 2018 as coisas comecem a entrar no eixo. Ano que vem é ano de eleição presidencial no Brasil e a partir de de 2019 entendemos que começa a ter um movimento de retomada.
Acho que o Brasil sai dessa crise muito mais fortalecido. Falando pela nossa empresa, trabalhamos duas vezes mais para tentar fazer a mesma coisa, com menos pessoas. Vamos sair fortalecidos, porque passamos alguns anos de um crescimento desorganizado, que fez com que subissimos muito rápido, mas também a queda foi grande.
Falando pela SH, vamos sair da crise muito mais fortalecidos, a empresa está muito mais produtiva. Tínhamos três uma pessoa para fazer uma atividade e hoje temos uma pessoa. É muito interessante, porque tínhamos um conceito de ter em cada unidade um gerente e hoje, nas quatro unidades que sou responsável no Nordeste não tem nenhum gerente. Isso é uma coisa que se olhássemos naquela época era impossível de pensar, e hoje funciona. Não acredito que é um modelo que vai perenizar, mas a crise mostra, gera oportunida, que você tem muita coisa interna que você pode melhorar.
É o momento para investir. Estamos capacitando nossos colaboradores de forma geral, porque a crise passa e quando ela passar tem algumas empresas que vão ficar pelo caminho e outras que vão aproveitar a oportunidade para reciclar o pessoal, investir em ferramentas que geram controle.
Posso falar, que, ter uma ferramenta, como temos, de controle da produção é tudo. Se não tivéssemos, provavelmente, nossa situação financeira estaria bem mais complicada, porque as ferramentas nos dão informação para a tomada de decisão e, especificamente do caso do PCP, gera um controle muito grande de todo o processo. Em um ambiente de dificuldade, o controle é tudo, porque você consegue mensurar seu limite, até onde consegue ir em relação a custo, em relação a economia que você tem internamente.
Não consigo conceber, nessa atividade e em qualquer outra, no cenário de crise, que você não tenha controle. E não é possível fazer o controle de uma fábrica na mão. Talvez no comércio, em uma coisa mais simples, mas em nossa atividade não dá.
Divulgaremos mais conteúdos da visita que fizemos na SH Fôrmas. Você também pode ver uma demonstração do ERP Industrial da Nomus, o sistema de gestão especializado em indústria desenvolvido pela Nomus.
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