As ferramentas de produção mais importantes para a gestão de uma indústria


Atualizado em 12/09/24 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Produção

Ferramentas de gestão

As ferramentas de produção são sistemas e técnicas que uma fábrica pode utilizar para melhorar o planejamento e controle da produção, conseguindo assim uma melhor produtividade, previsibilidade e utilização da capacidade produtiva.

Mesmo com a melhor equipe de gestão e os mais produtivos colaboradores, uma fábrica precisa de boas ferramentas para manter tudo sob controle e ainda multiplicar a produtividade geral da empresa.

Engana-se quem pensa que essas ferramentas de produção são exclusividade das grandes indústrias, já que hoje em dia elas também estão acessíveis à pequenas empresas. Inclusive, essas empresas menores são as mais carentes de ferramentas, já que precisam entregar mais resultados com uma equipe enxuta.

Pensando nisso criamos esse artigos com as principais ferramentas de produção para pequenas e médias indústrias. A ideia é que você entenda:

  • Quais são as principais ferramentas de produção e como elas funcionam
  • Quais são as ferramentas do Lean manufacturing
  • Como colocar em prática na sua empresa

Com isso será possível levar a sua empresa para outro patamar, com diversos ganhos diretos, como por exemplo:

  • Aumento do controle da produção e redução de perdas;
  • Aumento da produtividade e melhor desempenho da equipe;
  • Melhora geral na satisfação de clientes e lucratividade da empresa.

Sendo assim, vamos entender melhor como funcionam estas ferramentas:

MRP – Material Requirement Planning

O MRP, ou Material Requirement Planning, é uma ferramenta de produção para calcular a necessidade de materiais em quantidade e momento em determinado período.

É possível dividir o MRP em pelo menos duas etapas, sendo elas:

  • MPS (Plano mestre de produção) – onde a indústria deve conseguir responder as perguntas “O que a demanda vai solicitar ou já solicitou?”, “Quando precisamos entregar?” e “Qual é a quantidade pedida?”
  • Explosão das necessidades de materiais – onde a indústria deve responder as mesmas perguntas, porém, em relação às matérias-primas e produtos semiacabados.

Vamos ver um pouco mais sobre cada uma delas:

Plano mestre de produção (MPS)

O Plano mestre de produção é uma ferramenta de produção para organizar tudo que será produzido em uma indústria, qual a quantia e também quando essa produção será realizada.

O MPS é fundamental para que a sua fábrica consiga:

  • priorizar quais as ordens de produção são mais importantes;
  • definir prazos corretos para clientes;
  • utilizar melhor a capacidade de produção.

As principais etapas do Plano Mestre de Produção, são:

  • Previsão de demanda: aqui sua empresa faz uma previsão de vendas de determinado período para ter uma ideia de quanto irá precisar produzir;
  • Planejamento de capacidade de produção: aqui a indústria deve entender qual a sua capacidade de produção disponível para o período;
  • Planejamento de materiais: aqui a fábrica determina qual a quantidade de materiais necessários para a produção. Além disso, é importante definir um prazo para a aquisição desses materiais;
  • Planejamento da produção: por fim, a empresa pode fazer um planejamento da produção no curto prazo. O objetivo é priorizar os recursos para as demandas mais valiosas para a empresa.

Exemplo de MPS:

Para colocar em prática, o ideal é buscar um sistema capaz de fazer isso de forma automatizada e integrada às demais áreas da sua empresa. Isso porque dessa forma a sua equipe economiza tempo e evita erros humanos que podem acontecer em planilhas.

Tela de planos de produção no sistema Nomus ERP Industrial

Explosão de necessidade de materiais

Com essa ferramenta de produção a indústria deve utilizar o BOM (Bill of Materials, ou lista de materiais) e o Lead time para determinar as necessidades de matéria prima e produtos semiacabados. O objetivo é atender o MPS sem faltar ou sobrar materiais na hora da fabricação.

Nesta etapa a indústria recebe o MPS, lista de materiais e registros de estoque, para então entregar as ordens de compra, ordens de trabalho e plano de materiais.

Exemplo de explosão de necessidade de materiais para fabricação de uma cadeira:

Esse tipo de demanda também pode ser atendido de forma automatizada através de um sistema de gestão ERP completo para indústrias, como veremos no próximo tópico.

ERP – Enterprise Resource Planning

O sistema de gestão ERP, ou Enterprise Resource Planning. Trata-se de um sistema completo, capaz de integrar as mais diferentes áreas de uma empresa em um só sistema.

Com um sistema ERP especialista em indústrias, como o Nomus ERP Industrial, a empresa é capaz de controlar diversos pontos da sua gestão, como por exemplo:

  • Vendas e Faturamento
  • Prestação de Serviços
  • Gestão Financeira
  • Compras e Recebimento
  • Importação de Produtos
  • Controle da Produção
  • Produção em/para Terceiros
  • Controle de Estoque
  • Bloco K
  • Plano de Produção e MRP
  • Gestão do Chão de Fábrica
  • Programação da Produção
  • Custeio
  • Controle da qualidade
  • Controle de Documentos
  • Databooks
  • Controle da Expedição
  • Gestão de Projetos

Uma das grandes vantagens desse tipo de sistema é manter todos os dados da empresa concentrados em uma só base. Isso permite que o gestor tenha uma visão geral do negócio muito mais clara e precisa, o que facilita a tomada de decisão e identificação de pontos de melhoria.

Se a sua empresa ainda não tem um sistema ERP, recomendo que considere implementar um o quanto antes, já que esse tipo de sistema se torna cada vez mais importante a medida que o seu negócio cresce.

Para facilitar o seu trabalho de escolha, baixe o ebook:

Guia do ERP para indústrias

APS – Advanced Planning and Scheduling

Já em empresas maiores, onde há uma grande quantidade de máquinas, produtos e customizações, uma das ferramentas de produção mais recomendadas é o APS. Trata-se de um sistema para programar a produção de uma fábrica, sugerindo o sequenciamento de produção de cada máquina.

O objetivo é ajudar gestores a tornarem os seus negócios mais eficientes e lucrativos mesmo em uma realidade de muitas variações de produtos que podem ser fabricados.

Entre as principais funcionalidades de um APS, estão:

  • Nivelar todos os recursos simultaneamente
  • Incluir restrições secundárias na programação
  • Definir a prioridade ponderando diferentes critérios

Com isso a fábrica consegue:

  • Ganhar confiança para prometer e cumprir prazos de entrega
  • Reduzir o consumo de energia
  • Aumentar o nível de utilização das máquinas
  • Reduzir WIP e Lead Times
  • Reduzir tempos de setups
  • Gerar programas viáveis com agilidade
  • Reduzir horas extras
  • Simular diferentes cenários
  • Melhorar a comunicação entre diferentes áreas

Para colocar em prática, a indústria possui duas opções. É possível utilizar um software ERP com módulo de programação da produção ou ainda utilizar um sistema especialista em APS.

Veja também: 10 Melhores sistemas de gestão empresarial para indústrias

7 Problemas na programação da produção que podem tirar dinheiro da sua fábrica

Indicadores de desempenho (KPIs)

A última das ferramentas de produção que listo nesse artigo é justamente a que analisa o resultado de todas as outras, os indicadores de desempenho.

Os indicadores de desempenho são as métricas que a sua fábrica utiliza para medir como está o resultado do trabalho realizado e se a sua empresa está conseguindo ou não bater as metas.

Reforçando a clássica frase de “O que não é medido, não é gerenciado”, os indicadores de desempenho são fundamentais para que os gestores entendam o que de fato está acontecendo na fábrica e então realizar ajustes caso necessário.

Alguns dos principais indicadores de desempenho para indústrias, são:

  • Quantidade produzida;
  • Taxa de ocupação de recursos;
  • Eficiência;
  • OEE;
  • Análise de Qtde produzida por recurso;
  • Evolução mensal da Qtde produzida por recurso;
  • Análise de Qtde produzida por funcionário;
  • Análise de Qtde produzida por produto;
  • Atraso médio;
  • Lead time de fabricação.

Exemplo de indicador de desempenho de Lead Time em uma indústria:

O jeito mais prático de colocar esses indicadores de desempenho em prática é utilizar um sistema de gestão ERP que já possua os painéis integrados à produção.

Dessa forma os gráficos serão alimentados por dados reais da produção, o que torna a geração dos indicadores muito mais rápida e confiável.

Bônus: ferramentas do Lean manufacturing

Além das ferramentas de produção citadas acima, existem também as chamadas ferramentas do lean manufacturing, que são práticas que uma fábrica pode tomar para reduzir custos, organizar processos e seguir melhorando continuamente.

Como o objetivo desse artigo é ajudar gestores de indústrias a colocarem em prática as melhores ferramentas de produção de modo geral, irei listar aqui estão algumas das principais ferramentas do Lean:

Just in time

No conceito do Just in time, como o próprio nome diz, a indústria compra materiais e produz apenas a quantidade exata e no momento certo para atender as demandas dos clientes no prazo acordado.

Entre os principais benefícios da filosofia, estão:

  • Maior giro de estoque
  • Melhor qualidade dos produtos
  • Redução de custos
  • Redução de riscos de manufatura
  • Redução de estoque

Kanban

Já o Kanban é uma ferramenta de gestão visual na qual a indústria utiliza cartões com informações para guiar a produção, requisição e movimentação de produtos e materiais. Essa ferramenta tem papel vital na produção puxada e também no Just in Time.

Entre os principais benefícios, estão:

  • Menos burocracia nos processos;
  • Redução de tempos de ciclos;
  • Visibilidade clara e objetiva dos problemas;
  • Redução de desperdícios e custos;
  • Aumenta a autonomia do processo e da equipe.

5S

O 5S é uma forma de aumentar a organização, limpeza e padronização do chão de fábrica de indústrias. Afinal, em um ambiente sujo, desorganizado e caótico, dificilmente haverá uma alta produtividade.

Os 5S são:

No JapãoNo Brasil
SeiriSenso de Utilização
SeitonSenso de ordenação
SeisoSenso de limpeza
SeiketsuSenso de saúde e padronização
ShitsukeSenso de disciplina e autodisciplina

Quando o gestor melhora os pontos levantados pelo 5S e consegue um chão de fábrica limpo, padronizado, com layout bem pensado e equipe motivada, é possível:

  • Melhorar a qualidade dos produtos;
  • Melhorar a produtividade da equipe;
  • Facilitar a identificação de falhas e pontos de melhoria nos processos;
  • Prevenir e reduzir acidentes de trabalho.

Kaizen

Já o Kaizen é uma filosofia que busca envolver todos os colaboradores de uma indústria na busca por uma melhoria contínua, mais produtividade e redução de custos.

A ideia é incentivar e empoderar os colaboradores para que eles se sintam envolvidos com a linha de produção e a melhoria contínua do trabalho.

Através dessa ferramenta, é possível alcançar:

  • Menos desperdício;
  • Colaboradores mais satisfeitos;
  • Melhoria no compromisso da equipe;
  • Melhoria na retenção de talentos;
  • Melhoria na competitividade da empresa;
  • Melhoria na satisfação dos clientes;
  • Resolver problemas mais rápido.

PDCA – Plan, Do, Check, Act (em português: Planejar, Fazer, Checar e Agir)

Por fim, o PDCA é uma ferramenta que pode ser utilizada na produção para melhorar continuamente os processos produtivos de uma indústria.

O PDCA funciona em ciclos, onde a empresa planeja quais são as ações de melhoria necessárias, realiza essas ações, checa os resultados e então realiza ajustes necessários para garantir que tudo funcione conforme esperado.

Através do PDCA a indústria consegue melhorar seus processos continuamente, garantindo uma melhor produtividade e resultados cada vez mais interessantes para a fábrica.

Coloque as ferramentas de produção em prática na sua fábrica com a ajuda da Nomus

Agora que você já sabe mais sobre as ferramentas de produção para indústrias, recomendo tomar o primeiro passo em direção a prática. Ou seja, aplicar essas ferramentas no dia a dia da sua empresa.

Entendo que muitas vezes essa tarefa parece desafiadora, mas tenho uma boa notícia, você não precisa fazer isso sozinho.

Aqui na Nomus somos especialistas em levar as melhores práticas de gestão para pequenas e médias indústrias. Então aqui estão alguns passos para você começar:

Assista uma demonstração do Nomus ERP Industrial

O primeiro passo é conhecer, na prática, como funciona um sistema de gestão ERP completo para indústrias. Você pode fazer isso assistindo uma demonstração do Nomus ERP Industrial.

Fale com um especialista

Entendemos que escolher a ferramenta certa para uma indústria não é uma tarefa simples. Sendo assim, recomendo também que agende uma conversa (sem custos) com um dos nossos especialistas.

Juntos poderemos entender quais são as demandas da sua empresa e então propor as soluções ideais para o seu negócio. Você pode agendar uma conversa neste link.

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Por fim, recomendo que se inscreva na nossa newsletter para receber emails semanais sobre as melhores práticas de gestão industrial. Dessa forma você estará cada vez mais familiarizado com as boas práticas de gestão e conseguirá implementá-las com mais facilidade.

Nomus ERP Industrial
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2 Comentários

  1. Edson Carlos disse:

    Para quem precisa ganhar conhecimento específico, este tipo de publicação é de suma importância para todos que tem acesso a esta ferramenta. Muito legal mesmo.

  2. Andrea F Sales da Silva disse:

    quero receber conteúdo

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