Atualizado em 20/06/24 - Escrito por João Pimenta na(s) categoria(s): Custos e Finanças / Marketing e vendas / Processos e Organização
A enfadonha explicação do funcionamento dessa incrível ferramenta continua sendo utilizada. Todos os lançamentos de entrada e saída de capital compõem o que chamamos de fluxo de caixa.
O controle de estoque e o fluxo de caixa possuem exatamente a mesma lógica. O saldo final do meu produto no meu estoque pode ser substituído pelo valor final em conta bancária na conta corrente. Para saber o saldo do meu produto eu preciso registrar todas as entradas e saídas, sem exceção. O fluxo é a mesma coisa, para que o extrato seja equivalente precisamos registrar todos os lançamentos de entrada e saída de determinada conta.
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Para exemplificar, podemos ver um fluxo normal financeiro para empresas que fabricam sob encomenda.
Para esse exemplo vamos imaginar que não há nada em estoque e acabamos de venda um produto que precisamos fabricar.
Digamos ainda que o saldo inicial da empresa é R$ 20.000,00, a venda é de R$ 100.000,00 e o custo de matéria prima para essa venda é de R$ 45.000,00. Além disso, o tempo de produção será de exatamente um mês e as despesas fixas desse mês são R$ 15.000,00. E, por fim, as condições de pagamento de compra são 30/45/60 e condições de pagamento de venda são 15/30.
Vejamos como ficaria nosso exemplo:
Nesse exemplo podemos ver com clareza que no dia 30 teríamos um saldo negativo de R$ 10.000,00. Por mais simples que pareça, sem utilizar essa ferramenta não teríamos como saber que dia 30 estaríamos descobertos financeiramente.
Ao verificar esse relatório simples o gestor pode pensar em diversas formas de resolver esse problema, por exemplo:
Vejamos como nosso fluxo ficaria no caso 2:
Com a alteração da entrega podemos observar que o saldo negativo do dia 30 é resolvido, porém teríamos um custo adicional com transporte.
Poderíamos continuar simulando todos os cenários possíveis até chegar em um cenário em que o saldo final no dia 75 seja o maior possível e ambos, clientes e fornecedores estejam satisfeitos.
Nem sempre isso é possível, mas, sem dúvidas, antecipar esse tipo de situação garante segurança na tomada de decisão. Descobrir no dia 30 que não será possível arcar com todas as obrigações financeiras da empresa sem dúvidas é o pior cenário.
O fluxo de caixa é isso, uma poderosa ferramenta capaz de munir o gestor com informações extremamente relevantes para tomada de decisão.
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O fluxo de caixa pode ser um pouco mais organizado do que o exemplo que vimos acima. Essa ferramenta de apoio é alimentada com lançamentos de diversos tipos. Os lançamentos podem ser subdivididos em (as classificações representam as subdivisões e os indicadores são possíveis análises com base nas classificações):
O fluxo de caixa é uma ferramenta sensacional. Por mais banal que pareça a sua ampla utilização é comprovação fatídica da sua importância.
Essa ferramenta garante visualização diferenciada e resumida de todas as movimentações financeiras em determinado período para garantir tomada de decisão assertiva e dentro de tempo hábil para realizá-la.
Com o fluxo em mãos o gestor deve conseguir responder:
O fluxo de caixa, como você já viu, serve para estudar as entradas e saídas de dinheiro da sua indústria. Há várias formas de se olhar para esses números, inclusive restringindo quais dados serão analisados, o que permite perceber diferentes movimentos da sua fábrica.
Confira os tipos de fluxo de caixa:
Se trata do fluxo de dinheiro em que se avalia os resultados que a sua indústria fez. Nesse relatório, você calcula quanto foi investido e quais os resultados, principalmente em vendas, desse movimento.
É o nome do fluxo de caixa previsto, que se espera ter, em certo período, anotando as contas a pagar e a receber junto com o histórico da sua indústria. Essa projeção permite fazer planejamentos financeiros para os próximos tempos, pensando a respeito de investimentos e valores a serem segurados para prevenir gastos inesperados.
É o tipo de fluxo de caixa que monitora os valores brutos que entram e saem da conta. Você não aplica qualquer desconto nem considera variáveis. Se trata de um relatório mais simplificado que mostra as informações de forma clara para fácil compreensão, com movimentações que seguem uma ordem direta, subtraindo saídas de entradas. Mostra a disponibilidade de recursos da empresa em certo período de tempo.
Em oposição ao fluxo de caixa direto, ele analisa todas as mudanças em um fluxo de certo período. Isso significa contabilizar dados como data das vendas e compras e outros que são incluídos apenas no fluxo indireto, como investimentos e financiamentos. Em suma, é mais detalhado e com mais dados do que o fluxo de caixa direto.
Esse tipo de relatório mostra todos os recursos financeiros disponíveis após a realização do pagamento de despesas e investimentos. Serve para entender e mostrar a capacidade da sua indústria de permanecer ativa depois de arcar com todos os gastos, ou seja, quanto de dinheiro sobra depois de cumprir todas as suas obrigações e aplicações.
Esse é o nome do relatório de fluxo de caixa que analisa apenas as atividades operacionais da empresa. Isso significa a compra de matéria-prima, pagamento de salários dos colaboradores, custos com a manutenção do maquinário, aquisição de sistemas e outros similares.
Busque a ferramenta certa para gerir seu fluxo de caixa. Caso queira contar com a nossa ajuda para auxiliar você nessa jornada, assista uma Demonstração prática do software Nomus ERP Industrial e veja como funciona.
Realmente o Fluxo de caixa é fatídica sua importância, mas iniciar com “enfadonha”, na minha opinião e com respeito ao todo o seu bem elaborado conteúdo, só esse não foi feliz, o problema é que esta no inicio. Demais parabéns, e obrigada pelo disposto.