Atualizado em 13/08/20 - Escrito por Eduardo Moura na(s) categoria(s): Estratégia / Processos e Organização
Durante a série de artigos produzidos sobre gerenciamento de projetos para o Blog Industrial Nomus, é sempre enfatizado que o objetivo é pensar esse tema de uma forma simples.
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“Diga-me como me medes e eu te direi como me comportarei”
Essa é uma adaptação de Eliyahy M. Goldratt da famosa frase “Diga-me com quem andas e eu direi que és”. Vamos falar agora de Qualidade em projetos!!!
Para aqueles que tem acompanhado nossa série de artigos publicados junto ao Blog Industrial da Nomus, sabem que nosso grande objetivo aqui, qual seja, pensar o gerenciamento de projetos de uma forma simples.
Muito embora tenhamos publicado nosso último artigo há algum tempo, já temos uma trajetória bem interessante… e como sempre defendemos que Gestão de Projetos deve ser encarada acima de tudo uma forma estruturada de pensar… é natural que a conexão deste tópico com os anteriores é bastante forte, dando destaque aos aspectos relativos a Requisitos do Cliente, O que faz e o que não faz parte do Escopo do Projeto.
Veja também: Como fazer o gerenciamento da qualidade dos seus produtos
É fundamental termos consciência do que é qualidade… um conceito (senão o mais, um dos mais) amplo no mundo dos negócios. Existem muitas promessas com relação a entrega de qualidade. Em muitas empresas, qualidade é uma área específica, existem diversos e diversos programas, formas de medir, uma infinidade de ferramentas e indicadores. Enfim, uma área ampla e complexa…
Então esqueça tudo que você leu, ouviu ou viveu sobre qualidade (a menos que esteja alinhado com o que vamos escrever aqui). A pergunta é: o que entrega valor ao seu cliente?
Qualidade é isso, o que efetivamente seu cliente enxerga. Certa vez, surgiu uma história sobre uma empresa que fabrica ônibus, que estaria trabalhado arduamente em um projeto que visava aumentar a qualidade de seus produtos oferecidos a seus clientes. Ao término da construção do primeiro protótipo, os clientes foram chamados até a empresa, para um teste piloto, um “passeio” com o veículo “melhorado”. Ao fim, de todos os pontos de melhoria desenvolvidos pela empresa os clientes não “perceberam” nenhuma.
Isso mesmo! Nada do que foi desenvolvido pela empresa, foi percebido pelo cliente…
Veja, existem obviamente alguns pontos básicos, alguns pré-requisitos fundamentais com relação a qualidade, mas sempre pense qualidade, confrontando com o que seu cliente quer, e acima de tudo, com aquilo pelo qual seu cliente está disposto a pagar.
Veja, o conceito de qualidade conforme exposto acima, nos coloca em uma linha tênue entre custo (perdas) e investimento (ganhos). Certa vez, uma determinada empresa, que fornecia produtos para o mercado agrícola, fez um trabalho profundo de melhoria no acabamento de seus produtos. O trabalho aumentou significativamente a qualidade do acabamento, mas aumentou também os custos, reduziu a produtividade e acima de tudo, entregou um produto que nem sempre o cliente estava disposto a pagar.
Nesse caso, foi custo ou investimento? Aqui fica uma premissa importante: toda a ação que visa maximizar a qualidade do produto, deve estar diretamente relacionada ao incremento das receitas. Não necessariamente incremento de preços, mas sim de receitas. Somente isto justifica uma ação que busque o incremento de qualidade.
Agora que entendemos o que pensamos sobre qualidade e os cuidados que devemos ter no momento de definir o que queremos da qualidade. É importante conectarmos as coisas dentro do nosso projeto:
Dois aspectos são fundamentais para nosso trabalho: primeiro, o entendimento de que tudo é cíclico e segundo, nosso foco em processos.
Quando falamos que tudo é cíclico, queremos mostrar que no momento que analiso o que agrega valor e defino quais são meus requisitos da qualidade, posso ter que retomar os requisitos do cliente, rever com ele questões importantes que irão me levar a repassar os detalhes do escopo até voltar e entregar ao cliente efetivamente o que para ele é importante.
Quando falamos que temos foco em processos, devemos entender que cada caixinha dessas é um processo conectado e contínuo que virão ao fim de tudo, entregar ao cliente o projeto que ele deseja. O foco é no resultado final.
Pessoal, fechamos com relação a qualidade aqui. É fundamental relembrarmos que estamos propondo aqui uma forma diferente de pensar. Propusemos um resgate ao que entendemos ser a origem da qualidade, que não é um setor ou uma área simples dentro da empresa. A área da qualidade é a que deve ter a maior conexão com o cliente. Deve estar focada em garantir que o que estamos entregando em nosso projeto, esteja alinhado com aquilo que o cliente deseja receber, nem mais, nem menos.
Nosso próximo artigo, que fecha a área de estudo focada em definir o que vamos fazer, será riscos. Se não a mais importante área de estudo dentro de projetos. Acredito que seja uma das principais preocupações que qualquer gerente (não só de projetos) deva focar em sua rotina.
Lembrem-se, que aplicar os conceitos é a forma correta de crescer, aprender e evoluir. A prática leva ao aprendizado. Pensem em suas empresas, em seus projetos e questionem-se: o que estamos fazendo é o que os clientes querem receber? Estou agregando valor ou gerando custos? Este deve ser o foco da área da qualidade. Assista uma demonstração do software Nomus ERP Industrial e veja essas soluções na prática.
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