Atualizado em 15/02/24 - Escrito por Rafaela Barreto na(s) categoria(s): Processos e Organização
A evolução nos processos de automação vem acontecendo de forma rápida desde o início da industrialização, mas, nos dias de hoje, estamos passando por uma fase em que essa evolução é muito mais veloz e impactante.
O processo de digitalização que está chegando a um maior número de empresas, acelerado também pelo advento da pandemia de Covid-19, faz com que haja um volume muito superior de dados em torno de uma organização. Esse fluxo pode ser aplicado de modo a beneficiar a empresa, tanto aplicando em seus projetos de todas as áreas, quanto na tomada de decisões assertivas para melhores resultados.
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A maior presença da tecnologia nos ambientes internos e externos às empresas, incluindo no setor industrial, permitiu que gestores e o restante da equipe tivessem informações em um espaço de tempo muito mais curto.
Informações que antes só chegavam ao conhecimento dos colaboradores e líderes após 48h ou ao final do mês, por exemplo, agora podem ser acompanhadas, muitas vezes, em tempo real e de qualquer lugar. Isso faz com que a interação indústria x cliente x fornecedor seja maior.
Essa transformação digital afeta a gestão de projetos de duas principais formas:
No caso de haver uma falha no produto que chegou até o consumidor, por exemplo, a empresa recebe a informação de forma instantânea, mesmo se uma reclamação for feita em canais que não são para essa finalidade, como as redes sociais.
Antigamente, essa reclamação entrava em um cadastro, depois o cadastro era compilado para ser encaminhado ao gestor e só então era tomada uma ação. Isso gerava uma demora no retorno para o cliente. Agora, é on time.
É importantíssimo ter o máximo de dados e transformar isso em informação para ser a base de gestão ou área de aplicação industrial/projetos.
O mercado industrial é impulsionado pelo surgimento de novas tecnologias. A realidade, antes da modernização das automações e da internet, era de se dedicar muito tempo para coletar dados. Essa demora levava a dados desatualizados ou sem utilização.
Agora, conseguimos armazenar muitos dados e transformar essas informações em algo válido para o planejamento. É possível mitigar de uma maneira muito mais efetiva a realidade de problemas. A informação vem correta e até visualmente organizada.
A indústria está percebendo que existem dados que estão além do seu universo, do seu ambiente. A tecnologia se apoia na captação dessas informações, que são usadas como insumo básico no planejamento de projetos, e depois dá continuidade às fases de execução.
A compilação e utilização de bases de dados diversas fazem com que a informação contribua para tornar a indústria mais competitiva dentro do seu mercado. Empresas menores que enxergam isso têm crescido de forma acelerada. A informação está no mundo todo e ela pode ser a base da sua estratégia.
Os benefícios, portanto, são:
O planejamento é o pilar fundamental para qualquer atividade. Se você avaliar o ciclo de vida de um projeto, verá que a grande fase é o planejamento.
O problema é que as pessoas querem cortar esse pilar para acelerar a execução e isso faz com que o resultado não seja o desejado. Apesar da cultura geral do país ser de pouco incentivo às fases iniciais de planejamento, o especialista Professor Paixão garante que é vital para o resultado final.
Para ele, o “up” no desenvolvimento de um projeto com qualidade se dá na etapa de planejamento e é isso que as pesquisas recentes em diversas organizações acerca do gerenciamento de projetos também apontam.
As empresas que investem seu capital intelectual e financeiro trabalhando com uma etapa de planejamento de qualidade, possuem maior capacidade de concretizar seu projeto da maneira mais adequada e com grau de efetivação alto.
O planejamento de um projeto é importante para:
Segundo o especialista, há uma oferta de mão-de-obra sem conhecimento, que é tecnicamente habilitada, porém não tem as qualificações de que a indústria precisa. As universidades criaram currículos de ensino que não atendem à realidade e às tecnologias que a indústria está aplicando, mesmo nas organizações de porte menor.
O mercado está com uma demanda em ascensão por profissionais que estejam com perfil adequado às necessidades atuais. Para o Professor Paixão, há uma responsabilidade mútua na qualificação desses profissionais, com iniciativas da empresa em treiná-los e também com o comprometimento da pessoa com a própria evolução da carreira.
Essas habilidades são, principalmente:
Mesmo com o apoio mais frequente da tecnologia, as relações humanas são importantíssimas para o sucesso de um projeto. Afinal, são os colaboradores que executam o que foi planejado.
Devido ao grau e volume de atividades que as pessoas em geral têm, atualmente, para executar, a habilidade da comunicação é um grande ponto de destaque.
Desenvolver a oratória e a comunicação como um todo é uma demanda latente, principalmente em tempos em que as conversas são comumente por email e mensagens. O profissional que trabalha com projetos vai ter que dialogar com públicos diferentes, como a diretoria, os demais setores e fornecedores.
O perfil de um bom profissional para lidar com projetos, para começar, é o de alguém que geralmente consegue executar planejamentos em sua vida até mesmo fora da empresa. Para Paixão, pessoas que não conseguem seguir um projeto até o fim como com suas finanças e na sua vida pessoal, dificilmente apresentarão as aptidões necessárias para integrar a uma equipe de projetos.
Para quem já está no mercado, a dica é buscar se manter atualizado e buscar novas certificações. Para os recém formados, o especialista indica se aprofundar nos estudos rapidamente, pois a concorrência entre profissionais com essas qualificações é acirrada.
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