Atualizado em 26/06/20 - Escrito por Celso Monteiro na(s) categoria(s): Capacitação de pessoas / Recursos Humanos / Seleção de pessoas
A ideia desse artigo surgiu porque em março de 2013, eu e meus amigos Rafael e Felipe finalizávamos nosso projeto final para apresentarmos à banca avaliadora. O assunto que escolhemos estudar era algo muito presente naquele momento: a baixa empregabilidade dos alunos e profissionais formados da faculdade por empresas próximas à nossa faculdade, ou seja, a baixa valorização da mão de obra formada na região
Somos de Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, onde se localizam as instalações da faculdade (CEFET -UnED NI), que foi onde formamos.
Sempre nos incomodou que a maioria dos alunos e egressos que conhecíamos não estavam empregados em empresas localizadas na cidade ou na Baixada Fluminense. Tanto nós três quanto a maioria dos nossos colegas trabalhávamos em empresas instaladas na cidade do Rio de Janeiro.
Nosso intuito naquele momento era direcionar o trabalho apenas para o estudo da relação dos profissionais e alunos com o mercado, porém, seguindo sugestão do nosso orientador, incluímos a análise da percepção das empresas quanto a nossa unidade e os cursos que lá eram ofertados. A partir desta nova vertente, visitamos várias empresas, tanto do ramo de serviços quanto de indústrias, o que enriqueceu nosso trabalho e trouxe mais qualidade às respostas que buscávamos no início do projeto.
Para aqueles que quiserem ter acesso ao material que desenvolvemos, disponibilizo link para acesso ao arquivo PDF.
Já venho planejando este artigo há um bom tempo. No ano passado, acompanhei algumas reportagens que comprovavam quanto tempo o brasileiro perde com deslocamento da casa para o trabalho ou local de estudo. Vejam:
Essa questão é antiga. Na 5ª série a definição de cidade dormitório já era abordada em sala de aula. Isso comprova que a realidade não mudou tanto nos últimos 15 anos (e parece que não mudará tão cedo).
Em nosso estudo, comprovamos o quanto esse deslocamento era prejudicial para aqueles que precisavam se transportar até o trabalho (a maioria na cidade do Rio de Janeiro) depois retornar para a faculdade e depois, já próximo das 22h, ter que iniciar outro trajeto até suas casas. Muitas horas foram perdidas para que essa maratona fosse realizada.
Sabemos que essa questão da concentração de mão-de-obra na cidade do Rio de Janeiro é muito relacionada a grande demanda que é gerada na cidade, pois a mesma é responsável por grande parte do PIB do Estado e concentra o maior número de empresas.
Por outro lado, também sabemos que é possível estreitar a relação entre a Universidade e as empresas próximas, e isso precisava ser proposto para ambas.
Em nosso projeto final, buscamos a aproximação da mão de obra formada na região da nossa unidade com as empresas localizadas nos arredores da faculdade. Essa ponte traria uma série de benefícios, tanto para as empresas quanto para as empresas quanto para a faculdade e seus alunos e profissionais formados. Podemos enumerar:
Trabalho na Nomus desde 2011 e já realizava consultorias em diversas empresas quando apresentamos o Projeto Final. O que posso dizer, de acordo com tudo o que vi e vivi de 2013 até hoje, é que nada foi alterado.
Tirando o foco das Empresas participantes do estudo e da universidade que me formou, de modo geral, não vejo nas empresas o interesse em estabelecer parcerias ou até mesmo uma aproximação pontual para oferta de trabalho com universidades ou cursos técnicos.
Raros são os casos em que vejo que essa aproximação ocorre e, quando ocorre, é apenas para a divulgação de um estágio pontual, nada a médio- longo prazo que envolva a empresa e a universidade de forma geral.
O assunto é tão pertinente quanto há 3 anos, quando foi apresentado. Geralmente em meus artigos costumo falar da parte prática da gestão industrial, mas hoje gostaria de utilizar o nosso Blog Industrial para divulgar a importância do estabelecimento de parcerias ou aproximação em qualquer nível entre empresas e mão de obra formada na região.
Sei que possuímos um público muito diversificado. Nossos artgos são visualizados tanto por universitários, professores, quanto por donos e diretores de empresas. Justamente por essa característica, eu me sentia tão inclinado a tocar no projeto que desenvolvemos para a conclusão do curso, pois certamente o tema discutido tanto entre estudantes quanto entre donos e diretores de empresas.
achei legal e interessante