Atualizado em 22/08/24 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Produção
Na indústria, existe um termo chamado “linha de montagem”, que representa a divisão de todos os processos envolvidos na fabricação de um produto.
Para que a produção não atrase e o cliente receba a sua mercadoria no tempo determinado, é necessário que a linha de montagem cumpra uma sequência perfeita. E essa deve ser definida estrategicamente pelo gestor ou proprietário da indústria.
Neste artigo, você vai ver como funciona a linha de montagem, quais são os principais tipos e qual o passo a passo para colocá-la em prática de forma otimizada.
Vamos lá:
Índice do artigo
A linha de montagem nada mais é que a divisão de todas as etapas que compõem o processo produtivo. Funciona como uma espécie de mapa, indicando exatamente o que deve ser fabricado, onde e quando.
Para funcionar, a indústria precisa definir os responsáveis por cada etapa da produção, se um humano, uma máquina ou um robô. Ainda, em qual ordem a tarefa deve ser realizada e em quanto tempo.
No caso da linha de montagem de automóveis, por exemplo, a indústria precisa cumprir as etapas de:
Só depois de passar por todas essas fases é que o veículo finalmente sairá da linha de montagem, será abastecido e o motor será ligado.
Como existem diferentes tipos de indústria, a linha de montagem dependerá muito do tipo de produto que será fabricado pela empresa, da sua infraestrutura e capacidade de produção.
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A linha de montagem precisa cumprir uma sequência perfeita para que o produto chegue até o cliente no tempo previsto. A questão é que garantir essa sequência perfeita vai depender muito da escolha dos processos de trabalho e, claro, dos profissionais envolvidos em cada uma das etapas.
Há alguns anos, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) criou uma matéria apontando os problemas que mais afetam a linha de montagem:
Existem muitos tipos de montagem disponíveis e que podem ser aplicados em uma indústria, mas os principais e mais conhecidos são o layout linear, o layout funcional, o layout celular e o layout posicional.
O layout linear consiste na disposição sequencial de máquinas e equipamentos, ou seja, os ativos são colocados lado a lado, para que a produção ocorra em uma sequência única e de forma contínua. Esse é um tipo de montagem muito utilizado por indústrias que precisam produzir mercadorias em grande escala.
O layout funcional consiste na separação de máquinas e equipamentos por categoria. Assim, a distribuição dos ativos ocorre de modo a beneficiar cada setor responsável por uma determinada função. Essa modalidade é interessante quando a indústria trabalha com a produção em lote, onde um grande volume de mercadorias precisa receber o mesmo tratamento (pintura, emplacamento etc.) ao mesmo tempo.
Já o layout celular consiste na combinação do layout linear e do layout funcional. Nesse tipo de montagem, a indústria segue a mesma lógica de produção em massa, mas organiza e divide todas as máquinas e os equipamentos por setores. Esse método é muito interessante porque a empresa pode fabricar mais produtos sem perder desempenho de produção.
O layout posicional é o tipo de montagem contrária aos outros métodos. Ao invés do produto passar por várias etapas e por diversas máquinas, ele fica praticamente estático, recebendo as peças e o tratamento necessário da equipe. A fabricação de aviões e navios é um exemplo.
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O procedimento para elaborar uma linha de montagem na indústria é bastante simples. Tudo que o gestor precisa fazer é seguir o passo a passo abaixo.
A primeira coisa a ser feita é avaliar a demanda e o tipo de mercadoria que está sendo ofertado ao cliente.
Essa análise ajudará o gestor a identificar quanto tempo dura a sua atual produção e se a indústria terá capacidade para aumentar a fabricação caso a demanda aumente.
Após avaliar a demanda e o tipo de mercadoria, o gestor precisa definir todas as etapas pelas quais o seu produto passará até ficar pronto. Aqui, é preciso apontar também quais serão as máquinas e os equipamentos que farão parte dos processos produtivos.
Uma dica é elaborar um bom roteiro de produção. Nós possuímos um guia para isso e você pode baixá-lo aqui:
Assim que definir as etapas de produção, o gestor precisa selecionar os profissionais encarregados para cada tarefa. Aqui, é muito importante alocar os colaboradores com base em suas experiências profissionais.
Caso perceba falta de talentos, o gestor deve investir em treinamentos e capacitar os trabalhadores para que os mesmos dominem a execução das atividades.
Selecionada a equipe responsável para cada etapa, o gestor deve escolher o tipo de montagem — com base nas necessidades da indústria — para que as máquinas e os equipamentos sejam instalados corretamente e de modo a simplificar e otimizar a produção.
Uma forma de otimizar o tempo e melhorar sua qualidade na linha de montagem é utilizando sistemas de gestão de produção. Para isso, há 2 tipos de plataformas que podem ajudar muito você.
A primeira delas é o sistema MES. Trata-se de uma ferramenta que se conecta diretamente ao chão de fábrica e às máquinas para que você possa monitorar o ritmo de produção, qualidade, e paradas.
A segunda delas é o ERP Industrial – um sistema de gestão integrada para indústrias que conecta todas as áreas da sua empresa. Dessa forma, você tem um controle centralizado e abrangente de cada operação que acontece – do chão de fábrica ao financeiro.
Integrar ERP e MES permite você automatizar suas operações produtivas e administrativas da linha de montagem. Sua gestão ganha mais tempo e consegue tomar decisões mais precisas com base em dados reais.
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Gostei de conhecer os principais tipos de linha de montagem
Muito obrigado, foi interessante
ameiiii!!!!! achei tudoo