Atualizado em 12/09/24 - Escrito por João Pedro na(s) categoria(s): Logística
Logística 4.0 é o nome dado à logística da chamada quarta revolução tecnológica e é caracterizada por automação, sistemas ciberfísicos e eficiência com o uso dos ambientes virtuais, normalmente integrando os setores e etapas da cadeia de processos de uma empresa.
Automatizar a logística contribui para o aumento da produtividade e para o ganho de eficiência nas operações. Alguns dos exemplos de inovações nessa tal de logística 4.0 e que a caracterizam são IPv6, Big Data e Computação em Nuvem.
É importante saber que a Logística 4.0 não é definida apenas por tecnologias específicas, mas por uma lista de princípios que estão ligados a essas evoluções tecnológicas. São eles a interoperabilidade, a virtualização, a descentralização, o tempo real, a orientação a serviço e a modularidade. Confuso? Te explico abaixo.
Faça uma boa leitura.
Confira os tópicos:
Logística 4.0 é o nome da etapa atual desse setor e surgiu junto à Quarta Revolução Industrial. Suas principais características são as mesmas das outras áreas da Indústria 4.0: integração, sistemas ciberfísicos, eficiência com tecnologia e controle em tempo real.
A base da tecnologia que permitiu a Logística 4.0 é formada pelos pilares IPV6, Internet 5G, Big Data e Cloud. Essas e outras inovações da quarta revolução na logística se caracterizam por seis princípios, a interoperabilidade, a virtualização, a descentralização, o tempo real, a orientação a serviço e a modularidade. Veremos suas definições mais à frente.
Chamamos de 4.0 essa era da logística por conta da Quarta Revolução Industrial, momento histórico da tecnologia em que vivemos atualmente. Se você não lembra das outras três revoluções, vou contar um resumo rapidinho e já voltamos para o presente:
A Primeira Revolução Industrial foi aquela que aconteceu lá na Inglaterra no século 18 quando inventaram as máquinas a vapor. Mais especificamente, começou em 1760 e foi até 1850. Esse momento histórico trouxe as máquinas principalmente para as indústrias têxtil, naval, metalúrgica e ferroviária e mudou completamente o modo de produção humano.
Em seguida, iniciou a Segunda Revolução Industrial, com uma nova fase de evolução na tecnologia dentro das fábricas. Começou-se a usar petróleo para mover motores a combustão, que substituíram aquele à vapor, e o trabalho foi especializado ao extremo, com produção ampliada de artigos em série e que barateia o custo por unidade. Foi nessa época que surgiu o Fordismo.
O tempo passou, a tecnologia evoluiu e chegamos à Terceira Revolução Industrial, acompanhada do Sistema Toyota de Produção. O momento exato de início é discutido ainda entre historiadores. Para alguns, foi com a descoberta da energia nuclear e para outros com o uso da robótica.
Em período temporal, as duas possibilidades são no pós Segunda Guerra Mundial, em meados do século XX, e segue até recentemente quando entramos na quarta. É caracterizada por automatização e atinge mais do que fábricas: todos os setores da economia foram diretamente impactados, inclusive agricultura, pecuária, comércio e prestação de serviços.
Por fim, chegamos à Quarta Revolução Industrial, que visa automatizar todos os processos automatizados através de ferramentas, sistemas e máquinas ciberfísicos, inteligentes e integrados.
Ela começou em uma Feira de Negócios em Hannover em 2011, onde o governo alemão lançou uma discussão sobre os princípios de seu processo de digitalização. O assunto foi maturado até 2013, quando fecha-se o conceito da Indústria 4.0, caracterizado pela forma que mostraremos no tópico a seguir.
As características da Logística 4.0 são as mesmas ressoadas por toda a indústria na Quarta Revolução, com a diferença sendo a aplicabilidade prática. É possível desmembrar esses conceitos em cinco princípios que sustentam essa nova era.
Por mais que a Indústria 4.0 seja movida a tecnologias como Internet 5G, ambientes digitalizados e robótica, é importante entender que não são elas a revolução em si e, sim, parte dela. O core da fase que vivemos são os cinco princípios da Logística 4.0:
Interoperabilidade é um termo que se refere, em resumo, à capacidade de diversos sistemas e organizações operarem em conjunto, de forma integrada e conectada. Na Indústria 4.0, estamos falando das interações ciberfísicas.
Os sistemas ciberfísicos são aqueles com habilidade de promover conexão, interação e comunicação dos humanos com as máquinas e também entre si através delas. Para isso, usa-se a base tecnológica da indústria 4.0, que vamos explorar mais à frente.
A virtualização acontece quando há uma representação inteligente e virtual da operação de uma indústria, da sua operação, do armazém (no caso de logística 4.0). Isso é, quando se faz a monitorização dos processos físicos através de equipamentos digitais.
Trazendo para o dia a dia comum, um aplicativo de logística como o Loggi é uma virtualização. Controlar o PCP da fábrica com o Nomus ERP Industrial é outro tipo de virtualização. Como último exemplo, a representação em planilha de Excel de um CRM também é virtualização.
Na Indústria e na Logística 4.0, descentralizar é tirar do gestor a responsabilidade sobre todas as decisões da fábrica. Quem assume esse papel é o sistema ciberfísico em si, principalmente as máquinas, que agora podem agir por conta em resposta aos obstáculos na produção.
Novamente trazendo para o mundo comum, pense em carros de Fórmula 1 que atualmente possuem sistemas automatizados para identificar problemas na máquina e diminuir velocidade, comunicar os mecânicos antes do pitstop para se prepararem, entre outros pontos. O mesmo pode vir a ser aplicado na Logística 4.0 em caminhões de transporte.
Essa é uma das maiores vantagens da Logística 4.0. Como você conecta tudo e todos aos sistemas integrados, seja um ERP ou diversas planilhas, é possível acessar informações em tempo real da sua indústria. Essa característica permite tomar decisões rápidas, acompanhar mudanças bruscas, entender o comportamento da fábrica.
Com esse estudo, é possível compreender, por exemplo, os períodos mais produtivos da sua esteira. Esse dado leva a descobrir colaboradores mais empenhados, fatores de temperatura que afetem as máquinas, e problemas de interrupção.
A orientação a serviço é um modelo de negócio que tem afetado principalmente a indústria digital. Porém, pode ser aplicado também em qualquer indústria e, por fim, em serviços de Logística 4.0. Como orientação a serviço, estamos falando de prestação constante de serviços.
Um exemplo clássico é a indústria de jogos eletrônicos. Até pouco tempo atrás, só existia a possibilidade de comprar um jogo, levar para a casa e pronto, é um produto fechado, ainda que sujeito a atualizações pela internet.
Um jogo como serviço funciona com a compra de uma licença de uso com a qual a pessoa pode jogar online e o que foi contratado é a conexão, a manutenção e as atualizações do jogo.
A modularidade é o planejamento da produção, logística ou outra operação em módulos, ou seja, divididas em partes. Esses módulos podem ser acoplados e desacoplados para atender as necessidades da demanda de forma personalizada.
Desse jeito, sua empresa inteligente irá operar com mais flexibilidade, como se cada parte da operação fosse uma peça de lego. Você monta e remonta a fim de chegar na escultura que atenderá às necessidades atuais.
Você consegue encontrar listas e listas de tecnologias indispensáveis para a Quarta Revolução Industrial, no entanto, elas são infinitas se você considerar o potencial de invenções humanas, desde que estejam dentro dos princípios da indústria 4.0.
Quando falamos de Base Tecnológica da Logística 4.0, estamos falando de seus pilares e eles são, coincidentemente, 4:
Os objetivos da logística 4.0 são o aumento da eficiência e automatização do armazenamento, organização e transporte de produtos, entre outras operações do setor. Para isso, utiliza-se a tecnologia da informação capaz de automatizar diversas etapas dos processos logísticos e otimizar o que não puder se tornar automático.
Essa mudança na sua operação logística aumentará a velocidade da comunicação entre os colaboradores e estações de trabalho e a execução de suas tarefas. Com maior capacidade de armazenamento e processamento de informações, as máquinas agora conseguem entregar dados em tempo real para suas equipes.
Com parte do trabalho automatizado e a outra parte facilitada e acertada, o colaborador consegue produzir mais em suas operações logísticas. Também, ele consegue ter um trabalho mais saudável e tranquilo, contribuindo para sua satisfação no cargo.
Tudo isso enquanto você economiza em tempo, dinheiro e até no desperdício de recursos, que poderia acontecer durante operações com problemas de origem analógica ou que levassem mais tempo para serem executadas.
Os processos de Logística 4.0 funcionam a partir dos 6 princípios que listei e expliquei mais acima: interoperabilidade, virtualização, descentralização, tempo real, orientação a serviço e modularidade. Dessa forma, podemos chegar a uma explicação e conclusão sobre o funcionamento.
Se trata de uma atualização dos processos para a tecnologia da informação dentro das tendências atuais. São elas a automatização, a integração entre processos, a digitalização, a descentralização de monitoramento, a conexão em nuvem, a comunicação, gestão e operação à distância, entre outros.
A Logística 4.0 traz inúmeras vantagens para seu setor ou empresa de logística, como podemos ver em todo este texto. Reuni, objetivamente, todas elas em uma lista rápida com explicações resumidas de cada uma delas. Confira abaixo:
Um dos casos mais exemplares de Logística 4.0 é o da Alibaba, empresa chinesa de produtos variados, que utiliza robôs na gestão do estoque. Eles percorrem os corredores para encontrar as caixas que o sistema solicita, embalam e preparam para envio.
Assista a um vídeo de demonstração do sistema robótico de Logística 4.0 dos armazéns da Alibaba:
Todos os seis princípios da Logística 4.0 podem ser vistos em bom ERP Industrial. Isso porque os sistemas de gestão integrada, como já dizem o nome, servem para digitalizar e conectar os setores administrativos da empresa. Aí, você já tem a virtualização e a interoperabilidade.
Como um bom ERP Industrial ainda é capaz de trazer dados e relatórios diversos conforme o sistema é alimentado e seus cálculos, automáticos, são realizados, encontramos aqui mais um dos princípios: o tempo real. Já a descentralização fica por conta da possibilidade de automatizar diversas operações e, também, manejar as permissões entre diferentes usuários, além de integrar com soluções que um ERP não oferece.
Por fim, ainda temos a orientação a serviço e a modularidade. Um ERP com capacidade de ajuste e personalização de uso facilitam em muito essas duas características de uma indústria.
Os avanços tecnológicos da indústria são constantes. Nem chegamos no meio da Quarta Revolução Industrial ainda, muito menos temos a 5.0 no horizonte, mas os avanços científicos e industriais nos levarão até lá.
Se você quiser aprender sobre a Logística 4.0 e entender por que caminho irá a 5.0, acompanhe nosso blog.
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