Atualizado em 2/07/24 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Custos e Finanças
Se você faz a gestão financeira do seu negócio já deve ter ouvido falar em “margem de contribuição”, mas você sabe o que o termo significa?
A margem de contribuição nada mais é que o valor que sobra das vendas, ou seja, o lucro que a sua empresa tem após comercializar os produtos e serviços e reduzir todos os custos e despesas variáveis.
Saber qual é a margem de contribuição é muito importante para o financeiro dos negócios, pois é por meio desse indicador que o gestor vai avaliar os produtos mais e menos rentáveis, bem como o melhor preço de venda para aplicar às mercadorias e aos serviços.
Neste artigo explicamos mais detalhes sobre o que é margem de contribuição, como calcular e qual sua importância para a gestão financeira. Mostramos ainda como a sua empresa pode aumentar a margem por meio de 5 dicas práticas.
Boa leitura!
A margem de contribuição é um indicador financeiro que mostra o quanto a empresa tem de lucro após vender os produtos e serviços e reduzir seus custos variáveis.
Entende-se por custos variáveis todos os valores que estão diretamente relacionados à produção e venda, por isso sofrem variação mensal, como é o caso de comissão de vendas, embalagens e frete.
Saber qual é a margem de contribuição é muito importante para a empresa identificar os produtos e serviços que geram mais e menos retorno. Mas não só isso.
O indicador também pode ser usado de forma estratégica para definir o preço mais justo de venda, priorizar a comercialização de itens e até mesmo apontar os custos que podem ser reduzidos.
Uma vez que o gestor possui esse indicador em mãos, ele consegue melhorar a gestão financeira significativamente. Ele sabe o quanto a empresa está ganhando em cima de cada item, em quais produtos investir e o que pode ser feito para aumentar a lucratividade.
Calcular a margem de contribuição não é necessariamente difícil. Tudo que o gestor precisa fazer é coletar as informações sobre o preço de venda do produto ou serviço e o total de custos variáveis, e em seguida aplicá-las na fórmula:
Margem de contribuição = Preço do produto ou serviço – Custos variáveis |
Para facilitar a compreensão, veja um exemplo:
Imagine que o preço final do seu produto é R$ 500,00 (quinhentos reais). Para produzir esse item específico, foi necessário investir em mão de obra, matéria-prima, impostos e fretes, que divididos pela quantidade total de itens fabricados, resultou em um custo variável médio de R$240,00.
Ao aplicar esses valores na fórmula, descobrimos que a margem de contribuição deste produto é:
Margem de contribuição = 500,00 – 240,00Margem de contribuição = 260,00 ou 52% |
Desses 52% de margem de contribuição, o gestor deve pegar uma parcela do valor para pagar os custos fixos da empresa. Ou seja, aquelas despesas que, embora não estejam ligadas ao processo de produção e venda, são importantes para as operações administrativas do negócio.
Nesse caso, temos como custos fixos: aluguel do imóvel, conta de luz e água, salário de funcionários e seguros.
Aumentar a margem de contribuição é uma excelente forma do gestor trazer mais retorno financeiro para a empresa. No entanto, é preciso cuidado na hora de definir as estratégias. Isso porque cada modelo de negócio possui suas próprias características e particularidades.
Dito isso, confira algumas dicas simples para se colocar em prática e aumentar a margem:
O valor da matéria-prima tem grande relevância no preço final do produto. Por isso, uma das estratégias mais assertivas para melhorar a margem é justamente reduzir o preço com fornecedores.
Caso não consiga, converse com o representante para avaliar a possibilidade de troca por um material semelhante e mais barato. É claro que é preciso se atentar a qualidade do produto.
Outra ideia aqui é aplicar o conceito lean e reavaliar seus produtos na perspectiva do cliente. Ou seja, podem haver peças ou materiais que a sua empresa invista alto e que para o cliente não faz diferença.
Outra forma interessante de melhorar a margem de contribuição é reduzir os custos fixos, aqueles que não estão atrelados à produção e venda.
Para isso, a empresa pode, por exemplo, renegociar contratos de aluguel, controlar gastos com energia e água, terceirizar serviços ou até mesmo reduzir a mão de obra administrativa.
Reavaliar o preço de venda também pode ajudar o gestor a melhorar a margem de contribuição. Muitas vezes, a precificação dos produtos pode estar equivocada, e esse erro impede a empresa de ter maior retorno.
O ideal, nesse sentido, é que a empresa faça o cálculo de tempo em tempo para atualizar os valores e impedir que a inflação prejudique os ganhos.
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Além dos custos fixos, a empresa também deve controlar os custos variáveis caso o objetivo seja melhorar a sua margem.
Para isso, pode evitar compras desnecessárias para o estoque, reduzir os gastos com transporte e logística, analisar os custos de manutenção e reparos e até investir em automação para reduzir a mão de obra humana.
O gestor também pode aumentar a eficiência de seus processos, e com isso reduzir o tempo de produção, transporte e armazenagem.
O dinheiro economizado com essa prática pode ser investido em novas oportunidades de negócio, ou em outras áreas importantes da empresa que requerem aprimoramento.
Sente-se preparado para calcular a margem de contribuição, aplicar as estratégias e aumentar a lucratividade dos seus produtos e serviços?
Veja também: Planilha de formação de preço de venda e análise de custos
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Ótimo material para aprender a fórmula da margem de contribuição
Excelente trabalho. Parabéns