Atualizado em 30/11/23 - Escrito por Pedro Parreiras na(s) categoria(s): Logística / Processos e Organização / Produção
Você sabe quais são as dores da sua indústria? Quais problemas te impedem de crescer e expandir seu negócio? Conheça a série Dores da Indústria, onde mostramos para você o tratamento adequado para solucionar suas dificuldades.
Neste artigo você pode conferir em vídeo e a transcrição completa do décimo primeiro Dores da Indústria, onde falamos sobre não conseguir rastrear meus produtos. Mostramos como buscar a solução desse grupo de tratamento voltado ao controle de estoque com emissão de ordens de produção.
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Talvez você nem saiba como esse problema possa estar afetando sua indústria. Clique no vídeo e veja melhor o tratamento dessa dor:
Esperamos ter te ajudado a identificar e tratar esse sintoma. Curta o vídeo, compartilhe e faça seu comentário, para podermos responder mais dúvidas. Sua interação é muito importante para nós.
Aguarde o próximo vídeo da série Dores da Indústria, toda quinta-feira, no Blog Industrial. Assista uma demonstração do nosso ERP Industrial e também acompanhe a Nomus no Papo de Produção.
Vamos dar sequência as dores tratadas com controle de estoque com emissão de ordens de produção. Lembrando que esse tratamento é útil para várias dores e não tem efeito colateral, só vai trazer benefícios, diferente daquele remédio que você pega a bula e vê os efeitos colaterais. Já falamos das dores que são tratadas pelo controle de estoque com emissão de ordens de produção, falamos de precisar “descer” no almoxarifado para saber o que tem em estoque e também não ter controle sobre os materiais utilizados na produção, agora falamos sobre não conseguir rastrear meus produtos.
Falar da dor é relativamente fácil. Nosso desafio é conseguir transformar essa dor em dinheiro, na perda financeira para ser mais específico. Acredito que a partir do momento, que você, que trabalha na indústria, ou que pretende trabalhar, tem noção do quanto dinheiro está perdendo por ter determinada dor, terá um empenho maior para resolver a dor. Assim, vai ter uma justificativa financeira para investir seu tempo, investir em uma consultoria ou uma contratação de um software, algo que venha tratar essa dor. Isso, para ter uma medida do retorno do seu investimento. É fundamental saber o quanto de dinheiro essa dor representa. Não conseguir rastrear os produtos é um problema, a partir do momento que você atribuir um valor financeiro, a coisa começa a mudar de figura.
Muitos produtos, mercados, existem regulamentações que exigem essa rastreabilidade, que é saber quais foram os materiais utilizados na produção de um determinado produto acabado. Existem outras informações que podemos rastrear, mas não tem a ver com controle de estoque.
Algumas vezes vemos na televisão a informação do recall, convocando os proprietários dos carros com chassi do intervalo entre os números X e Y, pois uma determinada peça estava com problema. A produção de veículos tem um controle por número de série.
Alguns itens com controle de produção por lote, por exemplo, na alimentação. Você compra um biscoito no mercado, um cosmético, shampoo, pão, e nele possui o número do lote. Nesse controle, no lote tem vários itens, várias peças. No caso do pão, vários pacotes do mesmo lote.
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No caso do carro, o controle por série, é como se fosse um lote único. O número de série é um lote único, controlado pelo número de chassi. Cada carro tem uma numeração única, como se fosse uma impressão digital, que é única do veículo. Normalmente é sequencial, os carros produzidos em sequencia tem o chassi numerado desta forma. A rastreabilidade significa atribuir o produto acabado os lotes e os números de série das matérias primas que foram utilizadas.
Voltando ao exemplo do pão, temos o lote de produto acabado, que é o pacote do pão. Para ter rastreabilidade desta produção é preciso saber qual lote da farinha de trigo, do fermento, que foram utilizados na produção. Por que isso é importante? Imagina que o consumidor do pão percebe um problema e liga para o serviço de atendimento ao cliente da panificadora. Desta forma, a panificadora terá uma amostra do lote e irá verificar se o pão, realmente, está com algum problema. Assim, investigam o que houve, com uma série de ingredientes utilizados, sendo um deles a farinha de trigo, que percebem ser a causa do problema. A partir de então, a panificadora tem que recolher do mercado todos os pães que usaram aquela farinha de trigo com problema.
No caso dos carros a mesma coisa. Acontece um problema no disco de freio, por exemplo. Então todos os carros que utilizaram o disco de freio daquele lote tem que ser “recolhidos” para fazer a troca da peça.
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Esse movimento de recall, de tirar o produto do mercado e substituir, ou só tirar, envolve um custo elevado para os fabricantes, fornecedores desses itens. Esse custo só não é maior pela rastreabilidade. Se a panificadora detecta que não só aquele lote do pão usou a farinha de trigo com problema, mas que outro lote de outro tipo de pão, por exemplo, também usou o item, vai saber exatamente o que precisa ser recolhido. Sem a informação da rastreabilidade, o fornecedor não vai saber, sendo obrigada a recolher tudo. No caso do consumo do pão, pode gerar um problema grave, de saúde, manchando a imagem da empresa, fora o mal para os consumidores, e ninguém quer isso, tendo como única opção recolher todo o produto. Imagina o custo disso… É complicado colocar um valor financeiro, pois é muito específico, mas sem a rastreabilidade você é obrigado a recolher tudo.
Imagina em uma indústria automobilística. Seria preciso recolher todos os carros, não somente aqueles 100 do lote com disco de freio com problema, recolhendo os 10 mil fabricados, para trocar todos os itens. Olha como a dimensão do problema aumenta.
Tive uma experiência em uma indústria de cosméticos, há 15 anos atrás, onde a seriedade com a rastreabilidade era muito grande. Um dos itens produzidos era tintura de cabelo, que eles guardavam uma amostra de cada lote de produto acabado e guardavam também amostra de cada matéria prima utilizada. Se uma consumidora ligasse para o serviço de atendimento ao cliente e falasse que comprou tintura para cabelo loiro e ficou ruivo, eles conseguiam verificar que o pigmento foi trocado ou estava com problema. Assim, recolhiam apenas os lotes com problema.
Utilizando um software de gestão com controle de estoque com emissão de ordens de produção isso se torna muito mais fácil. No momento do consumo dos materiais pela ordem de produção, que chamamos de requisição de materiais para a produção, basta o usuário informar para o sistema o lote de cada matéria prima, que está sendo consumido. No momento do reporte da produção, que seria o encerramento dessa ordem de produção, em que o produto acabado vai para o estoque e os materiais são apropriados pela produção, as matérias primas utilizadas deixam de existir, que é a “transformação” de matéria prima e produto acabado dentro do sistema, você tem rastreabilidade, que é aquele lote de produto acabado utilizando determinado lote de matéria prima. Assim fica muito mais fácil e você consegue resolver um problema enorme. Para, pensa, anote se você precisa ter rastreabilidade, pensa no valor de venda do seu produto, se tiver que recolher toda sua produção, se recolhesse só uma parte, o quanto iria economizar. Só assim irá perceber que isso não tem preço.
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