O que é mercado de adquirência? Como ele funciona? Entenda!
Atualizado em 1/02/24 - Escrito por Autor Convidado na(s) categoria(s): Custos e Finanças
O mercado de adquirência é um segmento do mundo financeiro que lida com a intermediação de pagamentos entre clientes e empresas de qualquer segmento.
Muitos podem confundí-lo com as bandeiras de cartão de crédito ou com os próprios emissores de cartões (em geral, bancos), mas as empresas adquirentes lidam com outros outros processos que também são fundamentais no mundo comercial.
Entender sobre o mercado de adquirência é importante, principalmente, para novos negócios que estudam possibilidade de pagamento e recebimento por seus produtos e serviços.
Veja também:
- Contas a pagar: o que é, função e como fazer na sua empresa
- Contas a receber: o que é, como controlar e cobrar
Caso você esteja planejando montar um e-commerce ou uma loja física, por exemplo, entender o que é adquirência, gateways de pagamentos e quais são as melhores soluções financeiras para oferecer ao seu público é fundamental.
Afinal, uma boa experiência de pagamento é decisiva para que um cliente feche negócio com uma marca ou seja finalizada no médio e longo prazo.
Pouca segurança na hora do checkout e falta de opções seguras e interessantes para fazer a transação podem fazê-lo desistir instantaneamente de fechar negócios.
Segundo o site True Layer, 87% dos consumidores já passaram por uma situação de frustração com pagamentos. Além disso, 56% das empresas reportaram uma queda nas taxas de conversão em virtude de processos de pagamento complexos.
O que é mercado de adquirência?
Primeiramente, é importante frisar que o serviço de adquirência para pagamentos é bem mais antigo do que você imagina. Ele praticamente surgiu de forma simultânea aos cartões de crédito durante a década de 1940 nos Estados Unidos, segundo o The Sharmas.
De lá para cá, esse mercado foi evoluindo à medida que o mercado consumidor foi se encorpando e tornando-se mais complexo, assim como as soluções de pagamento foram se modernizando.
E o poder desse segmento pode ser medido em números: cerca de U$40 trilhões são gerados pelo mercado de adquirência todos os anos, segundo o Research and Markets, e a expectativa de crescimento do setor é de 7,68% anualmente até 2028, de acordo com a Globe Newswire.
O principal papel de uma empresa de adquirência é fazer a intermediação de transações comerciais entre cliente e empresas a partir do instrumento utilizado pelo cliente, principalmente cartões de crédito e débito.
Entretanto, com a modernização desse setor e a crescente transformação digital, novas soluções de pagamento, como o Pix, também podem ser intermediadas por adquirentes.
O principal papel do acquirer (termo inglês que notabiliza as empresas do setor) é promover o processamento e a segurança das transações financeiras comerciais, garantindo que ela siga todos os ritos e protocolos de integridade previstos pelo Banco Central.
Veja também: Segurança e análise de dados para as indústrias
Algumas empresas fortes no mercado de adquirência são as maquininhas de cartão, como a Cielo, Stone, Getnet, dentre outras, que funcionam como um um terminal de pagamento para que diversos setores do comércios recebam pagamentos instantâneos no cartão de crédito ou débito.
Esse modelo de negócio é fundamental para levar a infraestrutura de pagamentos necessária para pequenos e grandes negócios transacionarem com segurança e efetividade.
Portanto, você, empreendedor, que deseja abrir um negócio próprio, precisa ficar antenado em quais empresas oferecem a melhor solução para seu negócio, como taxas mais atrativas e serviços complementares.
Como funciona o serviço de adquirência?
Mas, afinal, o que é mercado de adquirência na prática? Como eles funcionam para propiciar a estrutura de pagamentos entre clientes e empresas? Vamos te explicar!
Quando um cliente faz uma compra online no crédito ou na maquininha de cartão presencialmente, é papel da empresa adquirente comunicar a bandeira do cartão (Elo, Visa, MasterCard, entre outras) a respeito da solicitação de pagamento.
Em seguida, a bandeira é quem notifica o banco para que a instituição confirme os valores ou encontre alguma inconsistência que impeça a transação ser confirmada. Essas inconsistências podem estar relacionadas a:
- valor suspeito bem mais alto que o de praxe do consumidor;
- digitação incorreta da senha;
- falta de limite no cartão.
Após essa leitura e a confirmação do pagamento, o adquirente gera automaticamente o comprovante do pagamento, que pode tanto ser impresso quanto enviado digitalmente por e-mail ou SMS.
Apesar da confirmação junto a outras instituições intermediárias, vale salientar que o adquirente não é responsável por medidas de segurança mais complexas, como criptografia de dados para compras digitais, e customização de cobranças.
Geralmente, esse trabalho é feito por uma empresa subadquirente. Ela atua de forma intermediária entre um negócio e o adquirente, facilitando o acesso de empresas a soluções modernas de pagamento sem o alto investimento e as obrigações regulatórias que um acquirer demanda.
Sendo assim, o mercado de adquirência lida diretamente com as grandes bandeiras de cartão e com os bancos, o que faz ela ter uma função mais abrangente no processo.
Por sua vez, famosos gateways de pagamento atuam no mercado financeiro para conectar comerciantes aos grandes adquirentes, além de oferecer todo o suporte tecnológico necessário para otimizar o serviço de pagamento dessas empresas.
Futuro do mercado de adquirência
O grande desafio do mercado de adquirência hoje e para os próximos anos é saber adequar as inovações tecnológicas da transformação digital para ampliar seus serviços a diversos meios de pagamento e melhorar a experiência do cliente final.
Além disso, ele precisa também lidar com a inclusão marcante de novos consumidores a serviços bancários, como conta corrente e cartão de crédito.
Isso, afinal, é reflexo direto do crescimento das startups e da maior abertura do mercado financeiro por meio de aplicativos no celular.
Além disso, com a implementação do Open Finance e das decorrências desse projeto, como o Pix, as empresas desse segmento, mais do que nunca, precisam se antenar para fechar parcerias com mais empreendimentos e levar uma experiência de pagamento marcante ao consumidor final!
Este artigo foi escrito pela Zoop, fintech líder em tecnologia para serviços financeiros.
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