O que significam as siglas mais essenciais da Gestão Industrial – parte 2


Atualizado em 5/12/23 - Escrito por Fernando Pereira na(s) categoria(s): Produção

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Alguns dias atrás, eu dei início a uma série de artigos sobre siglas que devemos conhecer e entender para produzirmos uma boa Gestão Industrial. Após o primeiro texto, que você pode conferir aqui, damos, então, sequência à segunda parte deste tema, onde apresento mais 8 siglas importantíssimas que você deve conhecer para ter uma boa gestão da sua industria. Logicamente, em uma boa gestão, devemos sempre analisar os indicadores, também conhecidos como KPI’s. Neste artigo, eu mostro como usar grupos e famílias de produtos para criar alguns indicadores. Sobre as siglas, vamos a elas:

9. BSC – Balanced Scorecard.

É uma metodologia de desempenho de gestão desenvolvida por Robert Kaplan e David Norton (professores da Harvard Business School) em 1992. A BSC envolve quatro perspectivas: Financeira, Clientes, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. A ideia central é fornecer regras sobre o que deve ser medido, a fim de atingir os objetivos e metas da empresa, com a possibilidade de utilizar softwares de gestão empresarial como apoio. A metodologia é baseada em indicadores de desempenho e inclui:

  • definição da estratégia empresarial
  • gerência do negócio
  • gerência de serviços
  • gestão da qualidade

Grande parte da economia empresarial brasileira está galgada em empresas de pequeno porte, muitas vezes familiares. Essas empresas, frequentemente, correm riscos pela falta de planejamento estratégico. O BSC é uma ferramenta importante para o avanço profissional de tais empresas, que são lucrativas e ocupam um bom posicionamento no mercado. Contudo, acabam tendo seu crescimento comprometido e limitado por estarem vulneráveis às oscilações do mercado, já que não possuem uma visão plena do mercado e possuem uma carência  para planejar e acompanhar seus resultados estratégicos

10. CIF – Custos Indiretos de Fabricação

São os custos que não estão diretamente envolvidos na fabricação dos produtos, mas que são necessários para a produção. A partir desta definição, podemos dividir os custos envolvidos em uma produção em dois:

Custos diretos

Estão diretamente relacionados aos produtos e possuem fácil identificação. O custo de matéria-prima é um exemplo.

Custos indiretos

São custos que não estão diretamente envolvidos com o produto e necessitam de um tipo de rateio para se saber qual é a contribuição no custo total de fabricação de um certo produto (esse rateio normalmente é feito com base no tempo que cada produto fica em processo, somado ao tempo de preparação para sua fabricação – tempo de setup). São identificados por custos como:

  • mão-de-obra indireta (salários e encargos de profissionais que não estão diretamente envolvidos na produção, tais como setores de administração, supervisores, etc)
  • materiais indiretos (materiais que são utilizados na fabricação mas que não integram o produto, tais como lixas, materiais de limpesa, etc)
  • custos da fábrica (como telefone, materiais de limpeza das instalações, segurançã e saúde ocupacionais, etc).

Leitura recomendada:

11. CEO – Chief Executive Officer.

É a denominação dada ao Chefe Executivo da Empresa ou Diretor Geral, principal pessoa na hierarquia empresarial. Ele possui a responsabilidade de comandar as diretrizes estratégicas da empresa. A função de CEO é muito utilizada em empresas com capital aberto, que possuem muitos acionistas. Não é um cargo comum a empresas pequenas (de um ou poucos donos e com capital fechado). Geralmente, o CEO  é uma pessoa com habilidade e competência para estar à frente da organização e é nomeado de acordo com seu reconhecimento no mercado de atuação da empresa.

12. CEP – Controle Estatístico de Processos.

O CEP é uma ferramenta de qualidade utilizada nos processos produtivos. Ele fornece informações que preveem possíveis falhas nos processos avaliados. Por isso, auxilia no aumento da produtividade, evitando o desperdício e o retrabalho. O CEP estabelece uma informação permanente sobre o comportamento do processo, utilizando as informações coletadas para detectar e caracterizar as causas que geram instabilidade no processo, sendo muito importante para a melhoria contínua de tais processos.

Seu conceito central está em analisar o comportamento do processo e observar estatisticamente se o mesmo está se comportando dentro do esperado, tendo apenas oscilações pequenas em suas variáveis (como tempo de execução, quantidade de falhas, tempo entre falhas, etc). Caso o processo apresente uma tendência de sair do comportamento esperado, que seja analisado e tratado o que está causando isso, bem como se o processo apresenta uma mudança permanente de comportamento, que os parâmetros de avaliação de desempenho do processo sejam readequados.

13. CIM – Computer Integrated Manufacturing (Manufatura Integrada com Computadores).

Com o objetivo de aplicar a gestão integrada, a partir do uso da tecnologia da informação, os diversos setores industriais, com o propósito de se obter ganhos em produtividade e qualidade, o CIM surge como algo indispensável para uma empresa que queira se manter no mercado nos dias atuais. O desejo central dessa filosofia de gerenciamento é que se tenha a menor interferência humana possível no processo de fabricação, o que minimiza as chances de erros e garante a padronização das atividades.

O CIM é a integração das atividades envolvidas na manufatura, usados em softwares de gestão industrial, como o Nomus PCP, integrando os setores de:

  • produção
  • compras
  • vendas
  • financeiro
  • marketing
  • projetos
  • administração
  • planejamento

14. CPM – Critical Path Method (Método do Caminho Crítico)

O caminho crítico é definido pela sequência de atividades cujo tempo mais cedo de execução (Time Earlier) é exatamente igual ao tempo mais tarde de execução (Time Later). Ou seja, não há folga na execução das tarefas naquele caminho. É utilizado principalmente para sequenciar as atividades de um projeto e para fazer o ajuste fino da produção diária em empresas que não tenho um processo de fluxo contínuo de produção.

O CPM objetiva minimizar o tempo total de duração de projetos ou se ter a real noção de qual é a sequencia crítica de atividades dentro de uma produção. Atividades que darão a restrição ao lead time.

15. CRP – Continuous Replenishment Process (Programa de Reabastecimento Contínuo)

É o Programa responsável pela gestão de estoques e controle da informação de ordens de compra/venda. Com ele, podemos minimizar as incertezas da demanda (evitando assim os indesejáveis efeitos chicotes). Para uma boa experiência com o CRP, é necessário um bom sistema de informações, permitindo que o fornecedor tenha acesso aos dados de estoque do cliente, assumindo a tomada de decisão sobre os reabastecimentos do estoque.

16. DFM – Design for Manufacturing (Projeto por Manufatura)

É uma técnica que enfatiza aspectos da manufatura, aplicando conceitos que reduzem os custos com a utilização de equipamentos. Enfatizando a efetiva influência do conhecimento das características de processamento sobre o desenvolvimento do produto, as análises do DFM devem se basear nos conhecimentos tecnológicos e sociais do processo produtivo.

É importante que se tenha pleno conhecimento científico do processamento e que a cultura organizacional seja considerada, conhecendo os conceitos utilizados pela equipe de projeto, a formação intelectual dos integrantes da equipe e as características marcantes dos fornecedores e funcionários envolvidos.

Invista no conhecimento industrial e saia na frente dos seus concorrentes

Agora que você está começando a se familiarizar com muitas das siglas de Gestão Industrial. o convido a assistir uma breve apresentação do sistema de gestão da Nomus criado especialmente para aumentar a produtividade de indústrias, o Nomus PCP, e para curtir nossa página no Facebook e LinkedIn, onde você pode acompanhar tudo que a acontece no mundo das indústrias.

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