Atualizado em 12/01/23 - Escrito por Pedro Parreiras com colaboração de Karina Gomes na(s) categoria(s): Produção / Qualidade
Presentes no Livro “Out of the Crisis”, de William E. Deming, os 14 princípios do autor ajudaram o Japão a alcançar seu milagre econômico e despertaram a atenção de dirigentes do mundo todo para seus métodos.
Para ajudar a sua indústria a melhorar seus procedimentos e alcançar uma alta qualidade frente ao mercado, enumerei cada um deles, explicando como devem ser aplicados nas fábricas.
Neste artigo, estão os primeiros 7 princípios, e em seguida, será publicada a segunda parte.
Em meados de 1950, William E. Deming foi para o Japão contribuir para a efetivação do censo do país. Além disso, palestrou diversas vezes para grandes líderes nipônicos. Com isso, seus métodos e regras começaram a ser utilizados por grandes empresas para o controle da qualidade, o que deu origem a uma grande revolução industrial no Japão.
No ano de 1946, surgiu a Union of Japanese Scientists and Engineers (JUSE), uma organização que se tornou o centro das tarefas de inspeção da qualidade em território japonês. Com essa entidade, Deming orientou seus esforços para os gestores de altos cargos das empresas japonesas com a ideia de que o aperfeiçoamento da qualidade levaria à prosperidade, já que produz melhoria na produtividade, diminuição dos custos, além de auxiliar no crescimento de mercado.
Com o crescimento da economia japonesa na década de 70, dirigentes do mundo todo voltaram suas atenções para esse país e suas estratégias. Dessa forma, em 1982, William E. Deming lançou o livro Qualidade, Produtividade e Posição Competitiva, que mais tarde se intitulou Superando a Crise. Na obra, o autor enumera quatorze princípios para o controle da qualidade. Confira cada um deles:
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Princípio essencial para empresas que planejam o futuro, pois demanda inovação, pesquisa e estudo, contínuas melhorias tanto do produto quanto do serviço e também uma constante manutenção dos equipamentos e estrutura.
Qual sua importância? Permite que a indústria tenha uma visão abrangente das necessidades dos clientes e atenda com qualidade. Isso porque a fábrica conseguirá planejar de forma apropriada os serviços e os produtos.
É extremamente importante que nesse ponto a indústria estabeleça e fortaleça suas metas e sua missão, deixando bem explícito para toda a equipe para que esta saiba a razão para cada atividade da empresa.
Portanto, é preciso estabelecer uma constância para aprimorar produto e serviço visando tornar a indústria competitiva e ativa no mercado.
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Tendo o objetivo estabelecido, as lideranças da indústria precisam incorporar esses valores, entender suas responsabilidades e conduzirem as transições que acontecerão, sabendo cobrar de todos os colaboradores suas funções.
Ou seja, a nova forma de produção é estabelecida aos poucos na empresa, orientada pelos gestores.
Com essa nova filosofia, a indústria tem suas tarefas e procedimentos aprimorados, simplificados, agilizados, e consequentemente, mais eficazes para atender as necessidades de seus clientes.
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O principal ponto dessa estratégia é mostrar que a melhor forma de garantir a qualidade dos produtos não é a inspeção dos funcionários e do produto final, e sim o ensinamento e conhecimento para que cada um possa monitorar a qualidade de sua atividade. Inspecionar o produto final causa retrabalho e não melhora os processos da indústria. A qualidade do produto deve existir em todas as fases de produção. A inspeção e o controle não produzem qualidade, apenas apontam se existe.
A indústria deve controlar seus custos sem basear-se apenas no preço, mas pensar ao longo prazo. Sua relação com fornecedores deve avaliar a qualidade dos produtos e o impacto dos mesmos a longo prazo nos procedimentos da empresa. Há uma forma simples para avaliar os fornecedores da sua indústria em 7 passos.
É recomendável ter uma relação de confiança com os fornecedores, em vez de ter uma enorme gama de abastecedores e variar de quem comprar.
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Para instaurar qualidade às mercadorias finais, esse princípio deve estar presente desde a etapa do projeto. É preciso entender as necessidades dos clientes e, dessa forma, criar as melhores soluções, que irão envolver todas as atividades da produção. Otimizando a produtividade, os custos serão continuamente reduzidos.
Na prática, é necessário ter um conhecimento efetivo das tarefas, possuir uma estrutura apropriada aos planos que vão ser colocados em prática, e estabelecer procedimentos devidamente identificados e gerenciáveis.
A qualidade precisa estar presente na indústria não só na produção, mas também na capacitação dos funcionários para que executem suas funções com a qualidade esperada pela indústria. Deming acredita que o treinamento técnico é uma forma de desenvolvimento pessoal.
Outro objetivo do treinamento é mostrar aos colaboradore as regras da indústria, assim como seus valores, objetivos e clientes. Além disso, o incentivo ao trabalho em equipe é fundamental para a melhoria da qualidade em cada estágio produtivo.
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Condição extremamente necessária para o sucesso da indústria, a liderança deve ser precisa e corretiva sempre que necessário. Com a presença dessa direção, as instalações e os funcionários são estimulados a darem o seu melhor em cada atividade.
Os líderes devem ser capazes de comover toda a equipe ao compromisso com a melhor qualidade, obtendo uma relação cada vez melhor com os clientes.
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Levando em conta que as indústrias são constituídas por macroprocessos e que os mesmos se dividem em sub-processos, é necessário garantir a qualidade dos menores para que a excelência esteja presente em todas as etapas e, consequentemente, no produto final.
O software Nomus ERP Industrial é um sistema modelado por engenheiros de produção com o objetivo de atender as demandas das empresas por meio de um sistema WEB com todo o controle de qualidade e produção e que busca suprir as expectativas particulares de cada empresa.
Veja a segunda parte deste artigo no link:
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