Atualizado em 19/03/24 - Escrito por Thiago Leão na(s) categoria(s): Processos e Organização
Os avanços nas tecnologias de IoT(Internet das Coisas) e RFID (tecnologia de identificação por radiofrequência) estão revolucionando a forma como a indústria 4.0 pode rastrear, identificar e distribuir ativos.
Isso porque ambas as tecnologias estão absolutamente ligadas. A tecnologia RFID é um facilitador da IoT, que ajuda a transformar qualquer equipamento ligado à rede.
Sua versatilidade de aplicação é resultado de uma longa jornada, tornando seu uso cada vez mais flexível, prático, eficiente e seguro. Tanto que as estimativas globais são de que o mercado de IoT chegue a US$ 344,7 bilhões até 2026 e o mercado de RFID, US$ 35,6 bilhões até 2030.
A tendência é que o RFID seja uma referência para outras tecnologias como solução de monitoramento, rastreabilidade e controle, tornando as operações cada vez mais eficientes.
Hoje, neste artigo, vamos mostrar o que é o RFID, para que serve e quais são as suas principais vantagens para a indústria.
O RFID, da sigla em inglês Radio Frequency Identification, é uma tecnologia de identificação e controle que funciona por ondas de rádio.
Sua funcionalidade ocorre por meio de dispositivos denominados etiquetas RFID, que são capazes de identificar, rastrear e registrar dados de etiquetas dedicadas.
Uma etiqueta ou tag RFID é um transponder (dispositivo de comunicação eletrônico complementar de automação) que pode ser colocado em um objeto, pessoa, animal, equipamento, embalagem ou produto, dentre outros.
Esse pequeno objeto permite respostas aos sinais de rádio, que são enviados por uma base transmissora.
O processo ocorre da seguinte forma: o leitor emite uma frequência de ondas de rádio para ativar a etiqueta, que retorna o sinal com os dados solicitados. As informações captadas são enviadas para o computador, que faz o processamento dos dados dentro de um sistema de gestão. E todo esse sistema ocorre de forma automática, sem intervenção humana.
Podemos comparar também as tags de RFID como “códigos de barra”, que permitem identificar objetos, porém, sem a necessidade da identificação visual. Isso porque a leitura se dá por meio de ondas eletromagnéticas.
Portanto, não é preciso necessariamente que a tag esteja próxima ao leitor para que a comunicação aconteça, basta que ela esteja sintonizada em uma mesma frequência com o seu leitor.
A leitura com tags de RFID são bastante confiáveis, principalmente para soluções de controle e rastreamento. Agora vamos conhecer os modelos de etiquetas e como ocorre o processamento dos dados via RFID.
Para entender basicamente como ocorre a transmissão de informações por meio da tecnologia RFID, precisamos considerar seu processo e os dispositivos responsáveis por facilitar essa comunicação. Há três tipos de etiquetas:
1. Etiquetas ativas: possuem energia própria tanto para alimentar seu circuito quanto para fornecer a troca de informações.
2. Etiquetas passivas: são as mais comuns e utilizam a própria energia enviada pelo leitor para ativar a transmissão. Isso limita o alcance de maneira significativa, mas as tornam mais baratas em relação a investimentos.
3. Etiquetas semipassivas: combinam as duas características acima citadas, ao unir uma etiqueta passiva com uma bateria mais simples para ampliar o alcance do sinal.
O leitor de RFID também pode ser chamado de “interrogador”. Ele é essencialmente uma caixa de componentes eletrônicos, que fica conectado à antena.
É o leitor que lê os dados armazenados em uma etiqueta de RFID e os repassa diretamente para um computador.
As antenas são usadas para emitir os sinais de rádio e ativar as etiquetas de RFID. Além disso, também fazem a leitura e gravação de dados.
Os leitores de RFID variam desde grandes estruturas, até dispositivos pequenos o suficiente para caber em um telefone celular. O formato varia conforme a aplicação, frequência e o alcance de leitura necessário.
No computador é que ocorre o processamento dos dados enviados pelo leitor. Para isso, há um software próprio que realiza a filtragem das informações recebidas.
Além das tags de pedágio, que permitem o pagamento sem parar, a tecnologia RFID também tem uma série de aplicações no mercado atual.
Os dispositivos já são usados em leitores de ônibus e metrôs – os famosos bilhetes únicos – e na gestão das lojas on-line, para registrar, controlar e rastrear todos os produtos armazenados no estoque.
Entre os maiores benefícios, listamos os principais abaixo:
Na indústria, a implantação de sistemas com RFID são fortes aliados, tanto no controle de toda operação, logística e monitoramento de produtos, quanto na própria eficiência dos processos. Veja as diversas aplicações.
A crescente informatização das linhas de produção é uma realidade em muitas indústrias. Chamada de Indústria 4.0, é um novo conceito baseado em uma indústria moderna que utiliza em seus processos as mais modernas inovações tecnológicas das áreas de automação e controle da informação.
Trata-se de uma tendência, onde a tecnologia RFID pode ser um primeiro passo para as empresas que desejam ter mais controle e eficiência em seus processos industriais.
Em uma linha de produção, por exemplo, é possível utilizar as etiquetas RFID para identificar as informações do produto desde a sua origem, como matéria-prima, até o final do processo produtivo.
Se ainda restam dúvidas quanto ao uso dessa tecnologia, veja 5 maneiras de aplicação nos processos produtivos.
Como já mencionamos, uma das capacidades do sistema RFID é o poder de rastreabilidade. Com isso, temos a vantagem de gerenciar melhor os recursos utilizados em processos de produção, monitoramento de matérias-primas, estoque e produtos finais.
Por meio de tags RFID, é possível saber quais são os gargalos no processo, em tempo real.
O RFID oferece recursos para impedir furtos ou desvios, o que na prática significa que, com o uso das etiquetas, as empresas podem monitorar suas cargas em tempo real, identificando se qualquer peça foi desviada do montante.
Uma etiqueta RFID pode carregar muitas informações e identificar precisamente dados como: origem, quantidades, características e etapas de produção. Utilizando as certificações devidas, o processo de conferência se torna bem mais rápido e seguro, superando erros humanos.
A automação pode tornar o processo de uma linha de montagem muito mais simples.
Ao combinar outras tecnologias com sensores inteligentes é possível que a utilização do sistema RFID atue como condutor da automação industrial, alcançando maior eficiência produtiva e diminuindo a necessidade de atuação operacional dos colaboradores.
Por meio de RFID, é possível monitorar os produtos já finalizados, sua quantidade e destinação. Desta forma ganha-se um controle de estoque muito maior e alinhado com a demanda comercial. Um gerenciamento preciso de estoque tende a reduzir custos na gestão destes bens.
Ao integrar dados e enviar para um sistema de gestão a tecnologia RFID permite que outras questões sejam avaliadas. As informações recebidas podem ser usadas para trazer novas ideias sobre todo processo produtivo e mostrar previsões mais precisas.
Isso contribui para a estratégia de todo o negócio, pois apresenta dados inteligentes sobre o setor industrial, que podem ser avaliados por outros setores estratégicos.
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Legal a matéria, deu para entender um pouco mais sobre o que é e como funciona o RFID, ótimo para ajudar na rastreabilidade
Olá.
Essas etiquetas suportam até que temperatura? Peço pois estou projetando uma linha de embalagem e ela deverá passar por um túnel de encolhimento. A etiqueta ficará sobre filme bolha termoencolhível e trabalhará com aproximadamente 300°C.
Tenho lojas com produtos em condominios, e quero controlar e fazer as baixas de pagamento, e não deixar o consumidor sair sem pagar pelo produto, as lojas não tem vendedor,tudo é feiot pelo comprador, poderia me dar uma ajuda, por favor
Bom dia, gostaria de introduzir no meu processo de produção o cartão rfild, com tag. Peço que entrem em contato , por favor para aprofundarmos no assunto, se for de seu interesse.